terça-feira, dezembro 22, 2015
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Africanas correm risco de contrair HIV por prática bizarra que as obrigam fazer sexo com areia dentro da vagina para dar prazer aos homens
Africanas correm risco de contrair HIV por prática bizarra que as obrigam fazer sexo com areia dentro da vagina para dar prazer aos homens
Mulheres em
várias partes do mundo estão realizando uma prática sexual conhecida como “sexo
seco”, que não só as machucam, como também as deixam mais vulneráveis ao HIV.
A prática é
feita para reduzir a umidade de suas vaginas, dando mais prazer aos homens.
Além de
causar cortes, ferimentos e inflamação no órgão sexual feminino, a chance do
rompimento da camisinha é muito maior. Por conta disso, os riscos de doenças
sexualmente transmissíveis são maiores nessas mulheres.
O sexo a
seco é, geralmente, realizado em países das regiões Sul e Central da África, e
na Indonésia.
O ritual faz
parte de uma crença cultural, onde acredita-se que os homens vão rejeitar
mulheres cujas vaginas não sejam prazerosas o suficiente. Para atingir a
secura, as mulheres inserem giz, areia, rocha pulverizada, ervas, papel ou
esponjas antes do sexo, segundo o jornalista Ms Syfret, que noticiou sobre a
prática na África do Sul.
Elas também
costumam lavar suas vaginas com detergentes, antissépticos, álcool e água
sanitária. Mulheres em Java, na Indonésia, até mesmo defumam suas vaginas
ficando em pé sobre ervas em chamas, apontam relatórios do Love Matters. Em
outras áreas da Indonésia, é comum inserir um pedaço de pau em forma de charuto
feito de uma raiz da planta.
Enquanto
documentos de consulta da Organização Mundial de Saúde mostram que as
autoridades mundiais estão cientes que o problema existe, a maioria das
pesquisas sobre o caso é recorrente de décadas atrás e não há muitos números
sobre a sua prevalência nos dias atuais.
Um estudo de
2009 realizado na Zâmbia, mostrou como a prática do sexo a seco ajudou a
espalhar o vírus HIV. Cerca de dois terços das 812 mulheres entrevistadas
tinham usado métodos tradicionais do sexo seco em algum momento de suas vidas,
e cerca de metade ainda praticava.
Mas a
relutância mundial em discutir saúde sexual explica como a prática não foi
debatida. "A maior parte da informação disponível foi anedótica,
especulativa ou inadequada - principalmente por causa da relutância cultural
para discutir ou investigar questões sexuais pessoais", disseram os
pesquisadores.
Da mesma
forma, uma especialista em saúde sexual e ativista na África do Sul, Dra.
Marlene Wasserman, conhecida como Dra. Eva, disse que a maioria das pessoas
estão cientes do problema, mas ele não é discutido, e não tem recebido atenção
suficiente do Governo do país.
Ela disse
ainda que a prática contínua de sexo seco mostra a falta de educação relativa à
igualdade e os direitos das mulheres na área. "É definitivamente uma
questão de classe. Basicamente, a reputação de uma mulher depende do tamanho de
sua vagina. Entre as mulheres que são menos informados e menos instruídas, há
uma ignorância incrível em torno dessa ideia".
A prática
está enraizada na cultura, passada entre gerações de mulheres, e a falta de
informação sexual colabora com o fato.
"Eu
tenho feito uma força-tarefa com a Associação Mundial de Saúde Sexual, e nós
criamos a declaração dos direitos sexuais - o direito ao prazer - e estamos
realmente levando isso adiante. As mulheres são surpreendidas quando conhece
seus direitos. Sabemos que 33 por cento das mulheres praticam e toleram a
penetração dolorosa. Isso torna-se parte do que eles conhecem por sexo”, disse
Wasserman, que também tem um programa de rádio que tenta acabar com os mitos
sobre a saúde sexual. Ela também organiza seminários para adultos, jovens e
pais, a fim de educar as pessoas sobre práticas sexuais saudáveis.
Fonte: Daily
Mail Foto: Reprodução / Daily Mail
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