quinta-feira, janeiro 21, 2016
Deputados concordam com decreto que veda recursos para o carnaval
A vedação de despesas públicas para o Carnaval,
decretada pelo Governo do Estado do Ceará no Diário Oficial, foi elogiada por
parlamentares da Assembleia Legislativa. Esse é o segundo ano consecutivo que
o Estado adota a medida.
O Governo do
Estado solicita, no decreto, que os recursos sejam destinados para áreas
prioritárias. A única exceção
ao bloqueio são
as verbas do Sistema Estadual da Cultura (Siec) que são direcionadas para a programação carnavalesca nos municípios e
para as agremiações.
De acordo com
o primeiro secretário da Casa, deputado Sérgio Aguiar (Pros), o decisão é positiva. O deputado defende
que os recursos públicos devem ser destinados,
prioritariamente, para a área da saúde e o combate aos efeitos da
estiagem no Ceará.
Entretanto,
Sérgio Aguiar avalia que isso pode ter um impacto econômico negativo nos municípios que recebem foliões nesta época do ano. “O Carnaval atrai muitos
turistas nacionais e internacionais, principalmente nas regiões litorâneas”, lembra o parlamentar.
A deputada
Rachel Marques (PT) defende que a prioridade é atender as emergências
ocasionadas pela estiagem. “A solução
está
na busca de recursos para a perfuração
de poços, cisternas e para o
abastecimento da água nos locais de enfrentamento
à seca”, afirma.
Na avaliação do deputado Carlos Matos
(PSDB), o Estado está enfrentando um momento difícil devido à falta de chuva e a situação da saúde. “A situação hídrica do Ceará é um tema importante que será tratado neste ano no
Parlamento cearense”, ressalta.
O deputado
Capitão Wagner (PR) também disse concordar com suspensão dos repasses para o Carnaval.
Ele sugere que os recursos sejam encaminhados para a saúde, para ações de convivência com a estiagem e para a
segurança pública.
Para o
deputado Renato Roseno (Psol), a função do Estado é orientar as despesas públicas para áreas prioritárias, como a saúde pública e o combate a ao mosquito
aedes aegypit – transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.
Renato Roseno
também critica a maneira como o carnaval é realizado no Ceará. “O carnaval
cearense tem que ser mais valorizado. Muitas vezes, os nossos músicos não são reconhecidos”, afirma o parlamentar,
criticando a contração
de artistas de fora que, geralmente, cobram um cachê mais alto.
Com Agência AL
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