sábado, janeiro 02, 2016
Novo acordo ortográfico passa a ser obrigatório no Brasil
As regras do
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa são obrigatórias no Brasil a partir
desta sexta-feira (1º). Em uso desde 2009, mudanças como o fim do trema e novas
regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais agora são oficiais com a
entrada em vigor do acordo, adiada por três anos pelo governo brasileiro.
Assinado em
1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo
Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. A previsão inicial
era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1° de janeiro de
2013, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em
vigor para 1° de janeiro de 2016.
O Brasil é o
terceiro dos oito países que assinaram o tratado a tornar obrigatórias as
mudanças, que já estão em vigor em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não aplicam oficialmente
as novas regras ortográficas.
Com a
padronização da língua, a CPLP pretende facilitar o intercâmbio cultural e
científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em
língua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas
regras, sem diferenças de vocabulários entre os países. De acordo com o
Ministério da Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua
portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.
Alfabeto,
trema e acentos
Entre as
principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o
acréscimo do k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma,
como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo
oficial.
O trema –
dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes
próprios. No entanto, a mudança vale apenas para a escrita, e palavras como
linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia.
Os acentos
diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras,
eliminando a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição),
por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode
(presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do
verbo poder), que tiveram os acentos diferenciais mantidos.
O acento
circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas
verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo.
Já o acento
agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes “éi” e “ói”), dando
nova grafia a palavras como colmeia e
jiboia.
O hífen
deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com
s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o
prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra
termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser
autoestrada).
A grafia
correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), disponível no site da
Academia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para smartphones e
tablets, que pode ser baixado em dispositivos Android, pelo Google Play, e em
dispositivos da Apple, pela App Store.
agencia
brasil
Tags
Notícia#
Notícia Local#
Serviços#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Serviços
Tags
Notícia,
Notícia Local,
Serviços
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós