segunda-feira, abril 04, 2016
Campanha quer incentivar meninas a procurar vacinação contra HPV
Meninas de 9 a 13 anos já começam a ser orientadas a
procurar uma das 36 mil salas de vacinação no país para receber a dose contra o
HPV. A campanha nacional de mobilização, coordenada pelo Ministério da Saúde,
segue até 15 de abril. A dose, entretanto, pode ser encontrada nos postos de
saúde durante todo o ano.
A meta deste ano é vacinar pelo menos 80% das meninas de 9
anos de idade, público-alvo da campanha, formado por um total de 1,7 milhão de
garotas. A imunização é feita em duas doses injetáveis – a primeira, de
preferência, nos meses de março ou abril e a segunda, seis meses após a
primeira.
A orientação da pasta é que meninas de 10 a 13 anos que
ainda não receberam a dose ou que não completaram o esquema vacinal também
sejam imunizadas durante a campanha de mobilização. A proteção, segundo o
ministério, só é conferida se todas as doses forem aplicadas.
Meninas e mulheres, na faixa etária de 9 a 26 anos, vivendo
com HIV ou aids também devem ser vacinadas. Neste caso, o esquema vacinal
consiste em três doses – a segunda é administrada dois meses depois e a
terceira, após seis meses. Dados do ministério apontam que cerca de 59 mil
mulheres de 15 a 26 anos vivem com HIV ou aids no país atualmente.
Ainda de acordo com a pasta, meninas de 9 a 13 anos poderão
ser vacinadas contra o HPV em escolas públicas e particulares. Para isso, o
ministério recomenda o envolvimento das secretarias estaduais e municipais de
educação na operacionalização das ações.
O ministério informou que foram gastos R$ 1,1 bilhão para a
compra de 32 milhões de doses contra o HPV nos últimos três anos. A vacina
utilizada pelo governo brasileiro é a quadrivalente e confere proteção contra
os subtipos 6, 11, 16 e 18, principais responsáveis por casos de câncer de colo
de útero e verrugas anogenotais.
A coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização,
Carla Domingues, lembrou que o vírus é atualmente muito disseminado e
transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas. A estimativa,
segundo ela, é que o país registre, este ano, 16 mil novos casos de câncer de
colo de útero e cerca de 5,4 mil mortes provocadas pela doença.
“A vacina é segura e recomenda pela Organização Mundial da
Saúde. A dose já é utilizada em mais de 100 países”, disse, ao destacar que o
câncer de colo de útero representa a quarta causa de morte por câncer entre
mulheres.
agencia brasil
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