domingo, maio 08, 2016
TENDÊNCIA DE OCORRER LA ÑINA PODE TRAZER INVERNO PARA O NE
Dados analisados pela Funceme mostram que o El Ñino,
fenômeno que atua para indução de seca no Nordeste, está se dissipando
Ainda é cedo para previsão, mas 2017 poderá ter outro
cenário e os cinco anos seguidos de seca no Ceará poderão chegar ao fim. Qual o
indício que aponta para essa probabilidade? É o El Niño. O fenômeno, que atua
para a ocorrência de estiagens no Nordeste, vem perdendo força com o
desaquecendo das águas do Pacífico.
Com o enfraquecimento do El Ñino, vem ganhando corpo outro
fenômeno: a La Niña. O oposto do “Menino” produz um esfriamento no oceano
Pacífico. Um episódio climático, de influência global e regional, com
possibilidade de favorecer o Semiárido cearense no ano que vem.
Os dados, ainda preliminares, estão sendo analisados pela Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) a partir de gráficos
recentes, de abril último, produzidos pelo International Research Institute for
Climate and Society, da universidade de Columbia (EUA) - uma das parceira da
Funceme.
De acordo com o meteorologista Raul Fritz, da Funceme,
atualmente o aquecimento da porção do Pacífico que interessa para as previsões
no Nordeste do Brasil está em 1,1º C. Já esteve 3º C acima da média, entre
dezembro de 2015 e o começo de janeiro deste ano.
A tendência, segundo a previsão da época, era de que
fenômeno não perderia força. O El Ñino estava no pico de intensidade e
empurrava o Ceará para o quinto ano consecutivo de estiagem severa e uma quadra
chuvosa com precipitações abaixo da média histórica (em torno de 804.9 mm de
fevereiro a maio).
E se confirmaram as previsões da Funceme. As chuvas de
março, principal mês da quadra invernosa do Ceará, foram 33% abaixo da média
histórica.
Para o fechamento do trimestre de março-abril-maio deste
ano, a previsão persiste com 70% de chances de ficar abaixo da média e somente
5% de ficar na categoria acima da média.
Um dos indicadores de acerto da Funceme é a baixa carga dos
reservatórios cearenses até aqui. Hoje o volume de água dos 153 açudes do Ceará
não passa de 13,3% da capacidade total. Um agravante para a travessia do quinto
ano seco e mais prejuízos à vista para o Semiárido.
La Niña
Os gráficos do International Research Institute for Climate
and Society mostram, de acordo com Raul Fritz, que no momento há uma
possibilidade entre 60% e 70%, até o final do ano, do aparecimento do La Niña.
“Ela, que é o oposto do El Niño, ajuda na qualidade de nossas chuvas. Ou, pelo
menos, não atrapalha”, afirma o meteorologista.
Para que se consolide a tendência de surgimento e
permanência da La Niña em 2017, outras dados de previsão climática e de
temperatura deverão ser colhidas dos oceanos Pacífico e Atlântico e cruzados em
modelos matemáticos.
Há mapas que migraram da coloração laranja e vermelha - que
indica aquecimento das águas do Pacífico - para uma macha azulada. Um sinal de
que está se instalando um resfriamento e a possibilidade de atuação da La Niña
no trimestre de dezembro-janeiro-fevereiro próximo. Falta, agora, a previsão
para março-abril-maio do ano que vem. Exatamente o período da quadra chuvosa no
Ceará. Então a expectativa é que os dados se consolidem e tragam a chuva tão
necessária.
O Povo Online
Tags
EVENTOS#
Notícia Local#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Notícia Local
Tags
EVENTOS,
Notícia Local
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós