Delegados Gilson Mapurunga, Delano Cerqueira Bunn
(superintendente da PF) e Wellington Santiago deram detalhes da operação (
FOTO: NATINHO RODRIGUES )
Dez das 14 pessoas presas em decorrência da 'Operação Caixa
Preta', deflagrada no dia 1º de junho pela Polícia Federal (PF), foram soltas,
ontem. Os outros quatro presos já tinham sido liberados, na sexta-feira (3),
após prestarem depoimento. A operação investiga uma organização criminosa
composta por funcionários públicos, contadores, empresários e 'laranjas', que
deu um desfalque de R$ 50 milhões na Caixa Econômica Federal (CEF) contratando
empréstimos fraudulentos.
Segundo o coordenador do Grupo de Repressão a Crimes
Cibernéticos da PF, delegado Gilson Mapurunga, todas as pessoas capturadas
foram ouvidas e citaram nomes que serão investigados. "Novos nomes
surgiram e as investigações continuam para identificarmos quem foi beneficiado
com os empréstimos e quais funcionários da CEF contribuíram com as fraudes.
Certamente outras pessoas precisarão se explicar", declarou.
O delegado disse que o material apreendido no dia que a
operação foi deflagrada contem informações importantes, que ajudarão a
direcionar as investigações daqui em diante. "O volume de contratos é
muito grande. Já foi provado que o esquema existiu, a Polícia vai se concentrar
em analisar o material para que se tenha uma conclusão sobre todos os
beneficiados e até onde chegou o dinheiro conseguido de forma
fraudulenta".
Temporária
As diligências da PF deveriam ser finalizadas em cinco
dias, já que este era o tempo em que expiraria as prisões temporárias dos
suspeitos. "Algumas pessoas foram liberadas ainda na sexta-feira, depois
que foram ouvidas, por decisão da própria Polícia. A PF pediu que algumas
dessas prisões fossem preventivas e obteve parecer favorável do Ministério
Público Federal, mas a Justiça achou por bem conceder apenas prisões
temporárias", afirmou Gilson Mapurunga.
Conforme o delegado, as pessoas presas são suspeitas de
participarem da contratação de 409 empréstimos fraudulentos junto à CEF. Dentre
os presos estão dois ex-gerentes da Instituição. Um deles já havia sido preso,
durante a 'Operação Fidúcia', que investigava um esquema semelhante. Porém, os
investigados pela 'Caixa Preta' tiveram a expertise de não pedir emprestado
grandes valores, para que as transações ficassem a cargo do gerente de pessoa
jurídica e não precisassem ser aprovados pela superintendência da CEF.
Diário do Nordeste
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