quinta-feira, junho 30, 2016
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O professor Rilmar Cavalcante fala sobre nossa “Pátria deseducadora”
O professor Rilmar Cavalcante fala sobre nossa “Pátria deseducadora”
“Pátria deseducadora”
O valor
profissional de classe na conjuntura social: o professor perdeu o prestígio
social, desvalorização salarial, além do mais, sofre as perseguições
institucionais pelos burocratas fantasiados de educadores.
A situação
econômica de miserabilidade da grande maioria dos professores e, para piorar, o
docente virou alvo da truculência policial do estado para reprimir toda forma
de protesto social, no entanto, a rapinagem política em seus gabinetes
resguardada em suas falcatruas, nos trata, os professores, como párias na
exclusão de qualquer ascensão social. O
docente em sua profissão, de importância cultural na formação de jovens, que
serão agregados no futuro nos mais diferentes setores da organização social,
convivi em uma sociedade que o não reconhecer, nem de perto, seus valores
morais.
Neste momento de
liquidez imposto pelo modelo capitalista, o professor perdeu a dignidade e
credibilidade, nega-lhes os seus direitos humanos mais simples. Os professores
resistem heroicamente os golpes de cassetetes, humilhados publicamente, contra
estes insurgentes, que lutam por melhores condições profissionais, em presença
de um Estado opressor ausente ao progresso cultural do país. Todavia, este
Estado recompensa empresários sádicos que manipulam uma guerra amoral de
destruição em defesa da fase capital chamada neoliberal.
O professor não
é somente alvejado por balas de borrachas, mas em sua dignidade. A barbárie do
passado do regime militar, hoje ainda, onde em passeatas burguesas em defesa da
volta dos militares, também o vigente e reacionário Congresso Nacional o que
faz lembra Ali Babá e sua turma a serviço de interesses empresariais, onde
parlamentares oportunistas de plantão e fundamentalistas religiosos em defesa
dos sublimes anseios particulares.
Eu me pergunto:
por que motivos os profissionais da educação são tão humilhados? A repressão física, ela é somente para manter
o reestabelecimento da “paz” ou da “ordem” no campo social? Não. O governo
interino não tem uma política para Educação. Mas, sim, um projeto de interesse
corporativo de grandes empresas financiadoras dos desmandos de todos os poderes
vigentes.
O governo
interino é acéfalo. Não há política para o progresso e para mudanças sociais.
Temos uma educação deficitária, que é constituída somente em palavras em
véspera eleitoral.
Atônio Rilmar Cavalcante
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