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sexta-feira, julho 08, 2016

Vinte armas de fogo e mais de 2,5 mil munições são apreendidas durante operação no Cariri

Combater o comércio ilegal de armas e munições, apreender ilícitos e evitar a prática de crimes com o uso de armamento. Este foi o objetivo da segunda fase da “Medellin Cariri”. A operação é realizada em conjunto pelas Polícias Civil e Militar do Estado do Ceará e, na manhã desta quinta-feira (07), levou à apreensão de um arsenal e às prisões de nove pessoas. As ações foram efetuadas em seis municípios situados na região do Cariri. Os trabalhos policiais na área seguem em continuidade.

As ações são desenvolvidas por equipes da Delegacia Regional do Crato e do Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA) da PM. Os policiais percorreram em diligências pelas cidades de Caririaçu, Juazeiro do Norte, Crato, Aurora, Barbalha e Missão Velha. Ao todo, 20 armas de fogo – sendo quatro revólveres calibre 38, quatro pistolas cal. 380, um rifle cal. 38 e 11 espingardas -, mais de 2.500 munições de diversos calibres, inclusive de fuzil, foram apreendidas e nove pessoas presas por crimes relacionados ao comércio e posse ilegal de arma de fogo.

Os levantamentos da Polícia na “Medellin Cariri” levaram os policiais a dois estabelecimentos de venda de armas e munições. Um deles possuía registro para o negócio, contudo, munições eram vendidas também de forma ilícita para compradores sem a devida autorização. As investigações também apontaram que munições usadas em um homicídio foram compradas lá. O outro empreendimento nem sequer possui registro para a atividade. No local, os policias encontraram munições de fuzil – que são de uso restrito das forças armadas – e outras.

Vinte mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas duas empresas – que ficam em Juazeiro do Norte -, em comércios que revendiam, também ilegalmente, os materiais, e em residências de pessoas suspeitas de envolvimento no crime. Buscas também foram realizadas em uma casa de ferragens, onde uma pistola foi encontrada. Na casa do dono do imóvel foram apreendidas várias munições. Entre os presos estão vendedores e revendedores do arsenal.

Ao todo, 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além de cinco de condução coercitiva e um de prisão preventiva. Houve também uma suspensão cautelar de atividade econômica de uma das empresas investigadas e as prisões de oito pessoas em flagrante.

Presos
Durante as ações, os policiais prenderam Fernando Oliveira Timóteo (35) em cumprimento ao mandado de prisão preventiva por comércio ilegal de armas. Ele é o proprietário da empresa que possuía registro, mas vendias munições de forma não autorizada. As apurações indicam que as vendas eram feitas por tele-entrega, por meio de moto taxistas ou motoqueiros.

Os outros presos são: Daniel Saraiva Vieira (25), capturado por posse ilegal de arma, em Barbalha; Felipe Machado Moreira (26), pego com um revólver cal. 38, também por posse ilegal, no Crato; Raimundo Nonato Pereira (50), que estava com uma espingarda e uma arara, por porte ilegal de uso restrito e crime ambiental, em Juazeiro do Norte; Dilmaria Silva Clemente (20), por comércio ilegal de munição, em Missão Velha; Maria da Gloria Arrais Rolim Aragão Ximenes (52), também por comércio ilegal de armas, na cidade de Juazeiro do Norte, que é proprietária de outro  estabelecimento onde armas e munições eram comercializadas. No local, os policiais apreenderam cinco espingardas e um revólver, além de munições cal. ponto 50 (de fuzil), de outros calibres e acessórios como prolongadores e carregadores de cal. 380. Ela também foi autuada por vender substância nociva à saúde – com base no artigo 278 do Código Penal – pela venda, sem autorização, de veneno. Além de João José dos Santos (56) foi preso por porte ilegal de uso restrito, com duas pistolas, duas espingardas e um revólver, em Juazeiro do Norte. Ele é dono da casa de ferragens. Já as irmãs Maria Socorro Fernandes (74) e Antonia Fernandes de Alcântara (72) foram autuadas por comercio ilegal de munições, com chumbo, pólvora e espoleta, ainda em Juazeiro do Norte.

Dos nove presos, Daniel, Felipe e Raimundo foram liberados após o pagamento de fiança arbitrada pela autoridade policial. Nos demais flagrantes não coube fiança. Os mandados de condução coercitiva foram cumpridos contra funcionários de uma das empresas alvos da investigação e contra pessoas suspeitas de intermediarem a negociação ilícita. As cinco pessoas foram ouvidas e liberadas.

“O trabalho é resultado de investigações que foram iniciadas há seis meses, sobre o comércio ilícito de armas e munições para pessoas envolvidas com o tráfico”, explica o delegado Giuliano Sena, titular da Delegacia Regional do Crato – responsável pelas apurações e onde os procedimentos de hoje foram registrados.

Medellín Cariri – O início

No início do mês de janeiro deste ano, foi deflagrada a primeira fase da operação “Medellin Cariri”, que resultou nas prisões preventivas de 43 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas no Crato. Dias depois, outras pessoas foram presas pela infração – totalizando 50 capturados. A partir daí, investigações levaram à Polícia ao conhecimento de que traficantes tinham acesso fácil a armas e munições, inclusive de uso restrito das forças armadas. Então, as apurações foram continuadas no sentido identificar e capturar envolvidos no esquema do comércio criminoso.


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