O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) usou as redes sociais
neste sábado, 6, para se defender das acusações de tentativa de estupro,
assédio sexual e agressão feitas pela jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos,
ex-militante do PSC Jovem.
Em vídeo publicado no início da tarde em sua página no
Facebook, o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara diz ser
alvo de ataques à sua moral, promete apresentar provas de sua inocência e
defende que Patrícia seja responsabilizada por falsa comunicação de crime.
“Quero dizer que embora esteja com o coração machucado, com
minha família toda sofrendo, não vou julgar essa moça. Espero que Deus perdoe
ela (sic) embora espere que ela seja responsabilizada pela falsa comunicação do
crime”, disse Feliciano.
Na sexta-feira Patrícia registrou queixa contra o deputado
no 3o Distrito Policial de São Paulo (Campos Elíseos). Ela diz que foi atraída
até o apartamento funcional de Feliciano, em Brasília, no dia 15 de junho. “Ele
falou que tinha uma reunião do PSC Jovem mas quando cheguei lá tinha só ele”,
disse a jornalista.
Segundo ela, o deputado teria oferecido um cargo no partido
e salário de R$ 15 mil para que Patrícia fosse sua amante.
“Ele tentou me arrastar para o quarto e tirar meu vestido.
Como eu resisti, ele me deu um soco na boca e um chute na perna”, afirmou a
jornalista.
Feliciano não entrou em detalhes sobre o ocorrido no vídeo
repleto de referências religiosas divulgado neste sábado. Ao lado de sua
esposa, Edileuza, o deputado lembra que é casado há 24 anos, tem três filhas, e
sofre perseguições “há muitos e muitos anos”.
“A Justiça dos homens inúmeras vezes já me inocentou mesmo
depois de eu ter sido escrachado publicamente (…) como não conseguem me pegar
em nada neste país porque não sou corrupto, não sou pessoa má, agora tocam no
meu moral”, diz ele.
Feliciano nega que seu chefe de gabinete, o ex-policial
civil Talma Bauer, tenha sido preso na sexta, quando Patrícia foi prestar
queixa. A jornalista também acusou Bauer de sequestro qualificado (cárcere
privado). Ele teria coagido a jovem a gravar dois vídeos nos quais ela nega as
acusações contra o deputado.
Em pouco mais de uma hora o vídeo teve 243 mil
visualizações, 7 mil compartilhamentos e 4 mil comentários. No final, Feliciano
pede para não ser julgado antes do término da investigação. “Peço a você que
não acredita em mim que não me condene antes do tempo. O tempo é senhor de tudo
e Deus é o senhor do tempo”, disse Feliciano.
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