quinta-feira, agosto 25, 2016
TJCE envia arsenal com 9 mil armas para destruição
Um arsenal que estava recolhido em unidades judiciárias do
Estado foi enviado para destruição pelo Exército Brasileiro (EB). A Assistência
Militar do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) enviou até este mês 8.961 armas
que estavam em Comarcas do Interior, na Capital e Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF). O número é superior a todo o armamento recolhido e encaminhado
ao EB, em 2015, quando 8.318 armas foram destruídas.
Entre o armamento recolhido e entregue ao Exército, estavam
revólveres, pistolas, 'garruchas', espingardas, rifles e até submetralhadoras.
O material era vinculado a processos criminais e foi liberado para a destruição
pelos juízes responsáveis pelas respectivas ações.
A medida tem como um dos objetivos principais não armazenar
por muito tempo armas de fogo, principalmente, em Fóruns do Interior, evitando
que os locais se tornem alvos da ação de bandidos. De acordo com dados da
Associação Cearense dos Magistrados (ACM), somente nos oito primeiros meses deste
ano, 11 ações contra unidades judiciárias foram registradas.
As invasões resultaram em destruição de processos e
depredação de bens. Os dois únicos casos onde houve furto de arma, segundo a
ACM, ocorreram no dia 24 de julho deste ano, em Várzea Alegre e no último dia
11 de agosto, em Iguatu.
No último registro, o policial militar da Guarda
Patrimonial, que fazia a segurança do prédio foi rendido. A arma do PM foi
levada pelos criminosos, assim como drogas que estavam arquivadas com processos
que apuram o tráfico de drogas.
Segundo a Comissão de Segurança do TJCE, há 15 dias havia
sido feito o recolhimento de armamento no Fórum de Iguatu, o que impediu que os
criminosos tivessem acesso a um número maior de armas de fogo.
Por ano, conforme a Comissão de Segurança, são feitas de
cinco a seis campanhas de recolhimento nas unidades. Em março deste ano, foram
destruídas 1.754 armas de fogo. No dia 25 de abril, a Assistência Militar
encaminhou 6.626 armas brancas para o Exército e por último, na manhã de ontem,
mais 581 armas de fogo. O processo de recolhimento e destruição dura, em média,
dois dias, conforme a Assistência Militar do TJCE.
Entre o armamento recolhido e entregue ao Exército, estavam
revólveres, pistolas, 'garruchas', espingardas, rifles e até submetralhadoras.
A perspectiva da Comissão de Segurança do TJCE é, até o fim deste ano, zerar a
quantidade de armas apreendidas e armazenadas em Comarcas do Interior do
Estado. A medida faz parte de um projeto desenvolvido pela Presidência do TJCE,
por meio da Comissão de Segurança, que busca trazer maior tranquilidade e
evitar invasões e furtos nos fóruns instalados nessas unidades judiciárias.
A Presidência do TJCE desenvolve outra iniciativa que prevê
a instalação de centrais de monitoramento em todas os prédios do Judiciário na
Capital. Somente no Fórum Clóvis Beviláqua, há a previsão da instalação de 130
câmeras em todo o prédio. Por dia, circulam cerca de 5 mil pessoas no Fórum.
Depósito
Outra medida anunciada no começo deste mês é a construção
de novo depósito de armas, que será localizado no Fórum Clóvis Beviláqua.
Segundo o tenente-coronel Wilson Melo de Souza, chefe da Assistência Militar do
Judiciário estadual, o depósito vai funcionar como uma caixa forte, com sistema
de segurança eletrônico, portas blindadas, acesso biométrico e sistema digital
de cadastramento das armas. O novo equipamento vai permitir um maior controle
das armas vinculadas a processos judiciais.
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