Com o objetivo de mobilizar os pais ou
responsáveis a levarem seus filhos para atualizar o cartão de vacinação, será
iniciada nesta segunda-feira (19) a
Campanha Nacional de Multivacinação. O Ceará deve receber 1.155.635 doses para
a campanha, que mobilizará cerca de 10 mil profissionais de saúde para vacinar
as crianças menores de cinco anos de idade, meninas de nove anos de idade e
adolescentes de 10 a menores de 15 anos de idade em 2.368 postos fixos de
vacinação. A campanha de multivacinação segue até o dia 30 de setembro em todo
o país, com dia de mobilização nacional em 24 de setembro.
Com a campanha de vacinação, o Ministério da
Saúde espera a redução das doenças imunopreveníveis no país e diminuir o
abandono à vacinação. Como a vacinação será de forma seletiva para a população
alvo, não há meta a ser alcançada. Foram enviadas às unidades da federação 26,8
milhões de doses, que serve tanto para a vacinação de rotina, no mês de
setembro (7,6 milhões), como doses extras para a campanha (19,2 milhões).
Estarão disponíveis durante a campanha as
vacinas da rotina previstas no Calendário Nacional de Vacinação. Todas as
crianças e adolescentes deverão comparecer a um posto de saúde para que a
caderneta de vacinação seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo
com a situação encontrada. O Calendário
Nacional de Vacinação dispõe de 14 vacinas para as crianças e cinco para os
adolescentes. A vacinação será de forma seletiva para a população-alvo e, por
isso, não há meta a ser alcançada.
Em 2015, no Ceará, 401.959 crianças de 0 a 5
anos incompletos foram levadas aos postos de vacinação dos 184 municípios para
atualizar a caderneta de saúde da criança. Desse total, 238.998 foram vacinadas
e receberam 187.924 doses das vacinas oferecidas. Este ano a campanha incorpora
as meninas de nove anos, para imunização contra HPV, e os adolescentes de 10 a
menores de 15 anos de idade.
Mudanças no Calendário
Em janeiro de 2016, o ministério promoveu
alteração no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV,
meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de
Vacinação tem alterações rotineiras e periódicas em função de mudança na
situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas
vacinas. Mudanças deste ano:
Poliomielite - O esquema vacinal contra a
poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6
meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até
2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). A mudança está
de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte
do processo de erradicação mundial da pólio. Vale ressaltar que essa
substituição não prejudica a proteção das crianças, que já ficam imunizadas com
as três doses injetáveis.
HPV - O esquema vacinal passou de três para
duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram
que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas
saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de
mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV
entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Meningocócica - O reforço, que anteriormente
era administrado aos 15 meses, passou a ser administrado aos 12 meses,
preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da
meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
Pneumocócica - Redução de uma dose na vacina
pneumocócica 10 valente. Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4
meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até
os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem
que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema
três doses mais um reforço.
PNI - Atualmente, o Programa Nacional de
Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente,
dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de
Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%,
passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015.
G1/CE
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