Com chuvas abaixo da média desde 2012, o
Ceará atravessa o quinto ano consecutivo de seca. Fortaleza começou a cobrar multa
para quem não reduzir o consumo de água em até 20%. No Estado já são 126
cidades em estado de emergência, ou seja, 68% dos 184 municípios cearenses,
segundo o Ministério da Integração Nacional. Nos últimos dois anos, o estoque
de água nos açudes do Ceará caiu de 28,8% para 9,3%.
Nas cidades do interior, o abastecimento tem
sido assegurado com a ajuda de carros pipas, com perfuração de poços e
construção de adutoras de montagem rápida. A falta d’água também já começa a
atingir bairros de classe média em Fortaleza. Moradores e comerciantes da
Varjota, bairro que concentra um importante corredor gastronômico da cidade,
passaram quase uma semana sem água nas torneiras.
Na casa da jornalista Paulla Pinheiro, a
caixa d’água secou e a família ficou sem água por quase cinco dias. A roupa
acumulou na área de serviço; a louça, na pia. A prioridade passou a ser o
banho. “Mamãe tem um imóvel alugado do lado de casa que não gasta muita água.
Aí meu irmão enchia baldes lá e trazia para casa. Se não fosse isso, quero nem
pensar”, relata Paulla.
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará
(Cagece) informa que o abastecimento na capital está normalizado. O
diretor-presidente da empresa, Neuri Freitas, reconhece que em alguns pontos da
cidade o abastecimento tem apresentado problemas em áreas mais elevadas.
Estadão Conteúdo
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