Médicos do INSS vão trabalhar em jornadas
extras – fora do expediente normal – na força-tarefa do instituto que vai fazer
uma varredura nos beneficiários do auxílio-doença. O secretário federal de
controle interno do Ministério da Transparência e Controle Geral da União
(CGU), Francisco Bessa, informou nesta segunda-feira, 26, que a direção do INSS
acertou com os médicos o pagamento por perícia que será realizada durante o
processo de revisão do benefício. Mesmo com o custo extra, o governo avalia que
sairá no lucro, dada a possibilidade de cancelamento de um grande número de
segurados que não precisam mais do auxílio.
Uma auditoria feita recentemente pelo
Ministério da Transparência constatou indícios de irregularidades no pagamento
de 45% das pessoas que recebem auxílios-doença.
No total, são atendidos 2 milhões de
trabalhadores, com impacto de R$ 20 bilhões aos cofres do INSS – ou 6% dos
benefícios anuais pagos pelo instituto.
Segundo Bessa, na primeira etapa, 530 mil
beneficiários vão passar pela perícia médica, que visa confirmar se eles estão
incapacitados ao trabalho. De acordo com o secretário, o pente-fino pode durar
dois anos. Há milhares de casos de pessoas beneficiadas pelo programa que não
têm situação revista há mais de dois anos, segundo o governo.
“Não é só a questão de cortar benefícios para
fazer o ajuste fiscal, é preciso garantir que quem precisa do auxílio seja
mantido e garantir que outras pessoas possam acessar o beneficio de forma
correta”, afirmou Bessa, após participar de congresso sobre auditoria interna
na capital paulista.
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