quinta-feira, setembro 01, 2016
Temer vai mexer na aposentadoria após as eleições
Após o impeachment de Dilma Rousseff, que deve ter seu
desfecho conhecido nesta quarta (31), o interino Michel Temer, se vitorioso,
será cobrado a entregar as mudanças dura na economia que prometeu aos
arquitetos da derrubada da presidente e do programa de governo eleito em 2014.
A começar pela aprovação de uma emenda constitucional que limite os gastos
públicos, impactando na saúde e educação, e na reforma da previdência.
As mudanças na aposentadoria, contudo, não devem sair antes
das eleições municipais de outubro. Isso porque cerca de 20% dos deputados
federais são candidatos a prefeito e não querem perder a disputa por mexer na
previdência, aumentando o tempo de trabalho e reduzindo os benefícios.
A ideia do governo Temer é estabelecer uma idade mínima
para a aposentadoria e desvincular o valor do benefício do salário mínimo,
reduzindo seu ganho ao longo do tempo. Está em estudo que as novas regras
valerão para quem tiver mais de 50 anos. A ideia mínima estudada é de até 70
anos para homens e 65 para mulheres.
Quem tiver menos de 50 anos quando a lei entrar em vigor
deverá pagar um pedágio se quiser se aposentar sem nenhum corte no benefício.
Esse pedágio pode funcionar da seguinte maneira: o trabalhador que estiver a
dois anos de se aposentar sem ter a idade mínima exigida, deverá estivar o tempo
de contribuição por mais um ano – ou seja, metade do tempo que restava para
requisitar a aposentadoria.
O governo também estuda mexer na aposentadoria dos
professores, que hoje podem requisitá-la cinco anos antes dos demais
trabalhadores, e criar mecanismos para impedir o acúmulo integral de benefícios
– por exemplo, a aposentadoria e pensão por morte.
A aposentadoria por invalidez também deve sofrer
alterações, assim como a aposentadoria especial para trabalhadores do campo.
Tudo isso deve ser debatido pelo governo Temer ainda neste
ano, como demonstração de que pretende tomar as medidas necessárias, ainda que
impopulares, para controlar os gastos públicos.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, até o senador Romero
Jucá (PMDB), um dos braços direitos de Temer – apesar de derrubado do primeiro
escalão pela Lava Jato – admite que os deputados não vão querer votar a reforma
da previdência antes das eleições. Jucá disse que isso seria “um tiro no pé” do
governo e que nenhum parlamentar “terá cabeça para isso” durante as eleições.
“Os senadores do PP diziam já ter conversado com o próprio
Temer sobre o tema. Cerca de cem deputados, diziam, são candidatos a prefeito.
Se o governo enviar ao Congresso a reforma da previdência, eles serão obrigados
a se posicionar. Se apoiarem, correm o risco de perder a eleição. Melhor então
deixar para depois”, acrescentou Bergamo.
Jornal GGN
Tags
Noticia Regionais#
Regional. Politica#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Regional. Politica
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós