A paralisação dos bancários que hoje (6) completa 31 dias pode ser
encerrada no final da tarde desta quinta-feira. O Comando Nacional dos
Bancários está orientando a categoria a aprovar a nova proposta feita ontem
(5), pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nas assembleias que vão
ocorrer às 17h.
Os banqueiros elevaram a oferta de 7% para 8% de reajuste salarial
e também ofereceram um abono de R$ 3,5 mil e a garantia de conceder, no próximo
ano, a reposição da inflação e 1% de aumento real, entre outros benefícios.
Nessa décima rodada de negociações, os bancos se comprometeram
ainda a corrigir o vale-alimentação em 15%; o vale-refeição e o auxílio
creche/babá em 10% e a implantar a licença-paternidade de 20 dias. Em relação à
Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o acordo prevê parcela adicional de
2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07,
sendo que a primeira parcela será paga até dez dias após assinatura do Contrato
de Convenção Coletiva.
Por meio de nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf) observou que a defesa do emprego está entre as prioridades
e que “neste sentido, a negociação conquistou a instalação de um Centro de
Realocação e Requalificação Profissional nos bancos”.
Dias parados não serão descontados
Os dias parados não serão descontados, mas desde que a categoria
ponha um fim à greve nas assembleias de hoje (6), retornando ao trabalho amanhã
(7).
Para o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando
Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, “os bancários saem vitoriosos de
uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos, impactada pela conjuntura
política e econômica do país”, salientou ele, por meio de nota. Informou que,
inicialmente, a Fenaban havia oferecido reajuste de 6,5% nos salários.
O líder dos bancários considerou ainda um avanço fechar questão
sobre o acordo coletivo de 2017 com a garantia da reposição inflacionária e de
aumento real, além dos reajustes dos benefícios com alimentação e auxílio
creche/babá. “Garantimos a extensão dos direitos e valores para todos os bancos
públicos, diferente dos anos 90, mas uma vitória inédita foi a garantia do não
desconto e da não compensação dos dias da greve, um instrumento medieval de
punição dos grevistas”, apontou.
A vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando
Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, também fez um balanço positivo das
negociações. Disse que elas ocorreram “em um ambiente de alta incerteza
política e econômica”. Dados da entidade indicam que ontem (5) mantiveram-se
parados os atendimentos ao público em 13.123 agências e 43 centros
administrativos, o equivalente a mais da metade (55%) das instituições em todo
o país.
Agência Brasil
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