segunda-feira, janeiro 16, 2017
Home
Notícia Local
Noticia Regionais
Maiores açudes do Ceará ainda não tiveram aporte de água em janeiro
Maiores açudes do Ceará ainda não tiveram aporte de água em janeiro
Castanhão, Banabuiú e Orós não apresentaram nenhum aporte com as
chuvas registradas neste início de ano
Na foto, de julho de 2016, o açude Banabuiú, que está com 0,41% da
capacidade
As chuvas das primeiras semanas de janeiro não representaram
qualquer aumento nos maiores reservatórios do Ceará. Os açudes Banabuiú
(0,41%), Orós (13,35%) e Castanhão (5,02%) — que abastecem a Região
Metropolitana de Fortaleza — não registraram aporte até agora. Os dados são do
Portal Hidrológico e mostram que, em 2017, somente 25 dos 153 açudes
monitorados apresentaram alguma cheia do início do ano até aqui.
Em todo o Estado, o aporte registrado no período foi de 4,25
milhões de metros cúbicos. O valor representa somente 0,02% do volume total do
Estado e significou variação de volume negativa (-3,59m³) já que o aporte não
supriu a perda registrada. Atualmente, dos 153 açudes, 136 estão com volume
abaixo dos 30%, os quais 85 estão secos ou com volume morto.
Em relatório mais recente do Portal Hidrológico, o Ceará está
operando com 6,48% da capacidade total. No mesmo período de 2016, o volume era
de 12,8% — em um ano, metade da água foi perdida. Assim, se neste ano
permanecerem as mesmas quantidades de aporte e perda de água, a tendência é que
cheguemos ao fim do ano com açudes secos.
A obra de transposição das águas do rio São Francisco, principal
medida de obtenção de água para o Ceará, segue com impasses na continuidade e
tem previsão de chegada ao Ceará só no ano que vem.
Mailde Carlos do Rêgo, presidente do Comitê de Bacias da Região
Metropolitana de Fortaleza, avalia a situação como crítica. “Estamos num
momento muito difícil. Nenhum grande reservatório apresentou aporte. Ainda é a
pré-estação e esperamos que tenha um bom inverno na estação chuvosa”, acredita.
Ela afirma que, nesta segunda-feira, 16, haverá reunião com outros integrantes
do comité para discutir a situação.
De acordo com Mailde, há diálogo com representações do Governo e o
processo de dessalinização da água do mar tem sido uma das saídas apresentadas.
“É uma medida importante, mas também não é imediata”, preocupa-se.
No Médio Jaguaribe, uma das principais regiões atendidas pelo açude
Castanhão, várias culturas e plantações já foram reduzidas. “Não sei o que será
de nós se nada for feito até o ano que vem, se acabar a irrigação e a água para
animais”, afirma Francisco Holanir, secretário do Comitê do Médio Jaguaribe.
Tags
Notícia Local#
Noticia Regionais#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Noticia Regionais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós