sexta-feira, janeiro 13, 2017
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‘Não aguentava mais ele’, afirma mãe que matou e queimou filho
‘Não aguentava mais ele’, afirma mãe que matou e queimou filho
Gerente de supermercado de Cravinhos (SP) diz à polícia que tinha
relação conturbada com jovem de 17 anos que era homossexual e, segundo ela,
usava droga
Itaberlly Lozano, morto a
facadas pela mãe
A gerente de supermercado Tatiana Ferreira Lozano Pereira, de 32
anos, presa nesta quarta-feira em Cravinhos, interior de São Paulo, após
confessar ter matado o filho Itaberli Lozano, de 17 anos, e queimado seu corpo,
disse em depoimento que “não aguentava mais ele”.
No interrogatório, além de detalhar como matou o jovem, ela relata
um histórico de conflitos com o filho homossexual e, segundo ela, usuário de
drogas, que a teria agredido e desafiado em várias oportunidades.
O crime ocorreu na casa onde ambos moravam em 29 de dezembro. No depoimento, ela disse
que teve uma forte discussão com Itaberli, que culminou em confronto físico.
Num primeiro momento, ela diz ter aplicado uma “chave de braço” no jovem, que
se desvencilhou. Em seguida, diz que pegou uma faca e a colocou atrás da porta
do quarto do filho, pois “presumiu que ele poderia matá-la” — Tatiana relata
que ele a vinha ameaçando e que Itaberli guardava uma faca em seu
guarda-roupas.
Começaram, então, novamente
um embate, que terminou com a acusada esfaqueando o jovem três vezes no
pescoço.
“(A mãe) resolveu entrar no quarto da vítima, pois ‘não aguentava
mais ele’.
Afirmou que a vítima encontrava-se sentada no chão e não portava
qualquer objeto; ao vê-la entrar, perguntou ‘o que é que você veio fazer aqui’
e ameaçou levantar-se em sua direção.
Interroganda (mãe) o interpelou dizendo ‘você está pensando em
alguma coisa, né?'”, relata trecho do depoimento, ao qual o site de VEJA teve
acesso.
Tatiana foi presa com o seu marido, o tratorista Alex Canteli
Pereira, de 30 anos. Eles foram indiciados pela polícia por homicídio
duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Após o assassinato, o casal enrolou Itaberli em um edredom e o
levou até um canavial próximo a uma rodovia da região. Lá, atearam fogo ao
corpo, que só foi encontrado no dia 7 de janeiro.
Segundo a polícia, a ideia de queimar o cadáver foi da própria mãe,
que retirou combustível do carro antes de deixar a residência. “Imaginou que
com isso fizesse desaparecer eventuais impressões digitais”, relata trecho do
depoimento.
Conflitos
A mãe afirmou à polícia que o relacionamento com o filho sempre foi
“muito conturbado” e que a incomodava principalmente a atitude dele de usar
cocaína dentro de casa e “levar outros homens com quem mantinha relações”. À
polícia ela disse que a vítima não se incomodava com as suas objeções, pois
dizia que “quem mandava lá era ele”.
Ela negou que o assassinato fosse decorrente de sua rejeição à
homossexualidade do filho, mas que “apenas reprovava seu comportamento de levar
homens desconhecidos para dentro de seu lar e lá fazer uso de drogas”.
Amigos e familiares de Itaberli, no entanto, disseram à polícia que
ele não fazia uso de nenhum tipo de droga. O marido de Tatiana disse que só o
viu fumando maconha e “não soube declinar” sobre o uso de outros ilícitos,
segundo a polícia.
O delegado Eduardo Librandi Júnior, responsável pelo caso, afirmou
que a mãe não esboçou nenhuma emoção na hora em que confessou o crime cometido,
segundo ele, por “motivo fútil”. O advogado Fabiano Ravagnani Júnior, que
defende o casal, disse que a mulher cometeu o crime em legítima defesa e por
estar sob forte emoção. Ele deve entrar com um pedido de habeas corpus nos
próximos dias para tentar tirá-los da cadeia.
“Houve um entrevero entre eles [mãe e filho], o que já vinha
ocorrendo corriqueiramente. Eles se desentenderam naquele dia, e ela o colocou
para fora. Ele acabou voltando para casa armado de uma faca e ameaçando a
mulher. Acabaram se envolvendo em luta corporal.
Ela cortou a mão e ele, o pescoço”, afirmou o advogado.
Seis dias antes do assassinato, Itaberli postou uma foto no
Facebook com a mãe e o padrasto e o seguinte comentário: “…Família em primeiro
lugar. É o que há”. haha”.
Post de Itaberlly Lozano no
Facebook
Post de Itaberlly Lozano no Facebook (Reprodução/Facebook)
FONTE: VEJA
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