quarta-feira, fevereiro 08, 2017
Home
Noticia Regionais
Saúde
26 doenças de notificação compulsória atingiram 415 mil e matam quase 1,5 mil pessoas no Ceará
26 doenças de notificação compulsória atingiram 415 mil e matam quase 1,5 mil pessoas no Ceará
Entre as enfermidades estão hanseníase, tuberculose, zika e
microcefalia; leptospirose também chamou atenção
O número alto de mortes devido à leptospirose, com 49 ocorrências
positivas e dez óbitos, chamou a atenção
Dados
O conhecimento do caso de determinada doença é necessário para a
execução de medidas de proteção ao individuo e à comunidade, constituindo, além
disso, ponto de partida da investigação epidemiológica. No Ceará, das 48
enfermidades da lista nacional de doenças de notificação compulsória, 26 delas
levaram 1.467 pessoas a óbito em 2016, além de 415 mil casos confirmados (4,7%)
da população do Estado. Entre elas, as doenças milenares, como a hanseníase, as
seculares, tuberculose, e as mais recentes como zika, microcefalia, chikungunya
ou as relacionadas aos animais peçonhentos e Síndrome Respiratória Grave.
Somente a doença diarreica aguda (DDA) atingiu mais de 300 mil
pessoas. Dengue, zika e chikungunya somaram 69,5 mil casos confirmados com 49
mortes. A microcefalia somou 150 ocorrências e 25 óbitos de bebês.
O que mais chamou atenção de infectologistas é o número alto de
mortes devido à leptospirose, com 49 ocorrências positivas e dez óbitos.
Fortaleza contabiliza 30 casos, com oito pessoas mortas. Caucaia teve dois
óbitos pela doença que tem cura se tratada a tempo com medicamentos. Para
especialistas, como o médico Anastácio Queiroz, para o controle da leptospirose
são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento
básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas habitações humanas
e o combate aos ratos. O que, aponta, ainda está longe de ocorrer de forma
aceitável no Ceará.
Outra que alerta a área de saúde é o chamado acidente com animal
peçonhento. Entre 2007 e 2016, o Estado somou mais de 28 mil vítimas. Somente
no ano passado, foram quatro mil casos com nove fatais.
A maioria dos ataques foi de escorpiões, seguido de serpentes,
abelhas e aranhas. Um dos problemas apontados para o aumento de casos no Brasil
foi a suspensão do soro antiveneno (utilizados para o tratamento de mordidas de
animais peçonhentos) pelo Ministério da Saúde em junho do ano passado.
"Falta vacina para raiva, soro. Estamos em um momento bastante complexo e
que reflete na saúde pública", lamenta Queiroz.
Índice alto
Segundo ele, é necessário rever algumas abordagens para a maioria
dessas doenças. A tuberculose, por exemplo, são mais de três mil pessoas
contaminadas e a maioria ainda se nega a fazer o tratamento. O índice de
abandono é muito alto. "O combate ao Aedes aegypti também é problema, pois
há mais de 30 anos que tentamos acabar com ele. E pior, temos as mesmas fontes
de focos desde 1986, nos primeiros casos da dengue no Ceará", aponta
Anastácio Queiroz.
Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Saúde do Estado
(Sesa), que foi procurada, não se pronunciou e nem encaminhou, via assessoria
de comunicação, nenhuma resposta sobre o assunto.
Dados permitem monitorar as enfermidades
Uma doença de notificação obrigatória ou doença de notificação
compulsória é qualquer doença que a lei exija que seja comunicada às
autoridades de saúde pública. Os dados permitem às autoridades monitorar a
doença e permitem antever possíveis surtos. Portaria do Ministério da Saúde
define uma lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória a
serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e
suas diretrizes. A relação ajudará no estabelecimento de saúde estratégica para
vigilância de morbidade e mortalidade das doenças, bem como acompanhamento de
suas causas.
FONTE: DN
Tags
Noticia Regionais#
Saúde#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Saúde
Tags
Noticia Regionais,
Saúde
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós