quarta-feira, fevereiro 15, 2017
Fortaleza-CE tem casos da doença do piolho do pombo; médicos alertam
Em Fortaleza, médicos dermatologistas registraram nos consultórios
casos de doenças de pele relacionadas ao piolho de pombo. O dermatologista Renê
Diógenes explica que a doença é provocada pelo pombo, através de um parasita
(ácaro) que pode transmitir doença sistêmica, como meningite, doença fúngicas e
bacterianas.
"Na pele, pode provocar alergia, como dermatite de contato e
processos inflamatórios", afirma o especialista. O médico aponta como
prevenção o uso de repelentes. Nos casos já concretos, o tratamento indicado na
pele é usar antialérgico e corticoide tópico.
Um dos casos na capital cearense foi de uma criança de 9 anos, que
apresentou inflamações com vermelhidão na pele, e foi submetido a medicamentos
com corticóides, antialérgico, além de pomada. Inicialmente, os pais acharam
que era reação à picada de muriçoca, mas o menino relatou que também sentia
coceira no local e que as inflamações haviam crescido. A dermatologista que
atendeu a criança relatou que já havia recebido outros pacientes com o mesmo
quadro e apontou para doença relacionada ao piolho de pombo.
O gerente da célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos,
Nélio Morais, alerta para o problema de infestação de pombos nos meios urbanos,
inclusive em Fortaleza. "O pombo encontra na cidade água, abrigo e
alimento, tudo que ele necessita pra reproduzir-se intensamente e em uma escala
sem controle", diz.
Os danos, além dos problemas à saúde, afeta também os patrimônios
públicos, já que as fezes ácidas dos animais corroem estátuas e outros
materiais nos prédios. Outro problema são os riscos de acidentes aéreos. Nélio
apontou o trabalho em conjunto com a Infraero que vem minimizando o número de
pombos no Aeroporto de Fortaleza.
"Os pombos têm que buscar seu alimento de forma natural, tem
que se alimentar de inseto, larva de inseto, floração de vegetais, e não outra
alimentação, que inclusive faz encurtar a vida. É um erro alimentar os pombos.
Nós temos que ter um equilíbrio, e esse equilíbrio natural, a busca natural do
alimento, é que vai fazer a compensação desse processo", ressalta.
Sobre como afugentar os animais, o gerente da Prefeitura cita que
existem diferentes tipos de repelente no mercado. "São paliativos, mas
ajudam. A própria naftalina muitas pessoas usam, ou meios físicos, que você
possa impedir acesso, sobretudo arame farpado enovelados, porque eles necessita
de uma plataforma fixa, base estável", orienta.
Outra atenção é quanto à higiene. "Tem que remover
permanentemente essas fezes, mas com segurança, usando jatos d'água, máscaras,
óculos e luvas".
Fonte: G1 Ceará
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