sexta-feira, março 03, 2017
Estado do Ceará registra 46 mortes violentas no Carnaval
A cúpula da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)
divulgou durante entrevista coletiva concedida, ontem, os resultados da
operação. Os responsáveis pela Pasta consideram os resultados das ações
positivos ( Foto: Thiago Gadelha )
00:00 · 03.03.2017 por Emanoela Campelo de Melo - Repórter
Das 18h de sexta-feira (24) às 6h do dia 1º de março (Quarta-feira
de Cinzas), 46 pessoas foram vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLIs) - que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de
morte - no Estado do Ceará. No período carnavalesco de 2016, a soma foi 53
casos; em 2015, foram 76 casos. Os números mostram que em 2017, houve redução
nos índices, em relação aos dois anos anteriores.
.Infrações nas BRs crescem 121% durante o feriadão
Divulgado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS), o levantamento da 'Operação Carnaval 2017' mostra que quando comparado
a igual período do feriado prolongado em 2016, houve redução de 13,2%. Segundo
a Secretaria, 10 dos 46 CVLIs contabilizados aconteceram em Fortaleza, sendo o
domingo de Carnaval o dia com mais registros de mortes: quatro só na Capital.
Já na Região Metropolitana, o índice reduziu significativamente. Em
2016, foram 18 mortes violentas. Neste ano, o número caiu para 10, não havendo
registros na sexta e na quarta-feira. Os interiores Norte e Sul
contabilizaram13 CVLIs cada.
Acidentes
Para as autoridades, o resultado é tido como satisfatório. O
responsável pela Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol),
delegado Fernando Menezes, ressalta a baixa no número de acidentes nas rodovias
estaduais.
No Carnaval de 2016, 13 pessoas morreram nas rodovias; em 2017 o
número chegou a 11. Os dados mostram que cerca de 20 mil veículos foram
abordados nos dias de folia. Neles, 4.830 motoristas receberam notificações e
419 condutores foram autuados na Lei Seca.
obre o perfil dos acidentes, o tenente-coronel Ronaldo Silva,
comandante do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) lembra que os
ocorridos divergem e, apesar da data ser marcada por festas, nem todas as
vítimas que morreram nas estradas estaduais se deslocavam sob embriaguez ou
tinham irregularidades em seus veículos, como o caso do casal que morreu após o
carro capotar e cair no Canal da Integração.
Confisco
O acréscimo nos números deste Carnaval ficou por conta da soma de
armas apreendidas e de pessoas detidas. Neste ano, as ações resultaram em 91
armas encontradas; em 2016 foram 66. Os autos de prisão também aumentaram de
471 para 487.
Para o secretário da SSPDS, André Costa, o maior volume de
apreensões interligado à diminuição no número de mortes violentas demonstra a
eficácia do trabalho preventivo da Polícia. "Vimos que muitas das armas
apreendidas são de grosso calibre. Creditamos os números à melhor atuação dos
policiais nas ruas. Quando se melhora a qualidade de trabalho dentro, isso
reflete fora", avaliou.
O responsável pela Copol acrescenta que retirar armamento das vias
públicas interfere na prevenção de vítimas, incluindo os crimes banais.
"Para nós da Segurança Pública é de fundamental importância a apreensão
dessas armas, porque cada arma na rua significa uma vítima".
A região do Interior Sul se destaca por ultrapassar Fortaleza e
Região Metropolitana no total de armas apreendidas e autos de prisão. Só nesta
localidade houve 42 recolhimentos de armas e 147 detenções em flagrante. O
secretário André Costa afirma que a concentração no espaço Sul se deve a uma
questão cultural. "As pessoas querem se defender com armas e muitas não
têm os mecanismos para solicitar esse porte".
Conforme a Pasta, o tráfico no período carnavalesco também sofreu
uma baixa. Foram recolhidos 37Kg de entorpecentes ao longo dos dias da
operação. Costa ressalta que o número se maximiza quando lembrado que na
quinta-feira (23) houve apreensão de 75 kg de drogas.
Fonte DN
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