Amostras do animal e da água foram enviados ao Lacen para análise.
Recomendação é de suspensão da pesca e da venda na região
Um dos peixes infestados encontrados (Foto: Alex
Santana/Iguatu.net)
A Vigilância Sanitária de Iguatu (VSI) recomendou a suspensão da
pesca e venda de peixes do Rio Jaguaribe, na localidade de Oixá, em Iguatu, na
região Centro-Sul do Ceará. No início desta semana, peixes vivos da espécie
curimatã foram encontrados infestados de larvas. A Secretaria da Agricultura,
Pesca e Aquicultura (Seapa) e a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
(Cogerh) também acompanham o caso.
Dois peixes infestados foram enviados nesta quinta-feira, 30, para
análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen), em
Fortaleza, com o objetivo de identificar as causas do problema. Coletas da água
do Rio Jaguaribe foram encaminhadas para a unidade do Lacen em Icó. O laudo
sobre as amostras é liberado 24h após avaliação, entretanto, o Laboratório
ainda não recebeu o material.
De acordo com o chefe da VSI, Samuel Bezerra, enquanto não sai o
laudo do Lacen, a recomendação é que a comunidade não consuma os peixes da
região. O coordenador disse que a Vigilância tem orientado os moradores em relação
a uma possível infestação. "Nós pedimos em caráter de urgência para o
Lacen dar o laudo sobre o material até a próxima semana", comentou ele.
A coleta do material foi realizada por uma equipe da Cogerh. Os
profissionais entregaram amostras de quatro peixes infestados e da água do Rio
à Vigilância do município. Conforme Samuel Bezerra, não houve, até o momento,
registro de entrada de pacientes no hospital da região com problemas
relacionados ao consumo do curimatã da região.
Cogerh coleta peixe infestado (Foto: Alex Santana/Iguatu.net)
Segundo o coordenador de Ordenamento e Fiscalização da Seapa,
Oswaldo Segundo, ainda não é possível saber o que ocasionou a infecção nos
peixes da espécie curimatã. Caso o Lacen não consiga identificar as causas do
problema, as amostras podem ser enviadas para laboratórios no Rio de Janeiro ou
no Amazonas, afirmou Oswaldo.
"Não é uma coisa inusitada. É possível isso acontecer
dependendo da substância que (o peixe) tenha comido, pode estar se alimentando
numa água em ambiente contaminado. Como o reservatório está baixo, pode ter
acontecido algo pontual. Mas ainda não temos ideia da magnitude porque não
temos o resultado (do laudo), tem que analisar", comentou Oswaldo.
Colaborou Alex Santana/Iguatu.net
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