Há duas décadas, os
mototaxistas iniciavam os primeiros buzinaços pela legalização do transporte
público por motos em Fortaleza. A regularização só ocorreu em 1997 e os
problemas na prestação do serviço ainda permanecem em 2017. A falta de um
"mototaxímetro", a ausência de novas concessões e, atualmente, a
disputa com serviços de aplicativos em smartphones estão enfraquecendo a
atividade na Capital, avalia a categoria.
Diferentemente do e
táxi, em que o usuário telefona para uma cooperativa, aciona um aplicativo ou
estende a mão em via pública, quem tenta pegar um mototáxi, não encontra o
serviço com facilidade. Os permissionários até ganharam alguns espaços fixos em
praças públicas e áreas próximas a shoppings, mas a dificuldade para encontrar
um mototáxi ainda é real.
Segundo o presidente
do Sindicato dos Mototaxistas de Fortaleza (Sindimotofor), Valteclar Vieira, há
quatro anos, o serviço tinha 2.211 motos circulando nas ruas. Neste ano, o
número não alcança a marca de 1,5 mil motocicletas nas vias.
O presidente conta
que a categoria já pleiteou, por diversas vezes, o aumento de vagas, mas sem
sucesso. "Na última audiência da Câmara de Vereadores, pedimos 800 vagas,
mas nada saiu do papel". Ainda de acordo com Valteclar, houve uma queda de
40% no serviço, devido a intervenções na área do transporte público, como a
implementação das faixas exclusivas de ônibus. "Por mais que sejam
lotados, os usuários estão preferindo pegar ônibus por conta das faixas
exclusivas. Já quem anda de moto tem um perfil diferente de quem anda de Uber,
mas houve uma queda nas corridas, pois os valores se assemelham em algumas
regiões".
Vagas
Conforme a Empresa
de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), atualmente, 2.209 motociclistas são
autorizados a prestar o serviço de transporte público individual na Capital. O
órgão informou que, para aumentar o número de permissionários, é preciso que
haja uma licitação, mas não há definição sobre essa possibilidade em 2017. A
habilitação para operar mototáxi é feita por meio de licitação ou conforme
deliberações da Lei Nº 8.004, de 25 de março de 1997, que regulamenta o
serviço.
Segundo o Prefeito
Roberto Cláudio, uma das demandas dos mototaxistas, atendida no ano passado,
foi a construção de abrigos de apoio nas principais vias da cidade. "Eles
pediram os pontos em 40 áreas da cidade e estamos fazendo. O serviço cumpre o
papel de transporte alternativo de baixo custo à população", declarou o
prefeito.
Fonte DN
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