Noventa e um presos fugiram, na madrugada desta quinta-feira, 25,
da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na região metropolitana de
Natal. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania
(Sejuc/RN), esta é a maior fuga da história do sistema penitenciário potiguar.
Nove detentos foram recapturados enquanto rastejavam pelo matagal.
Em janeiro, após a rebelião que destruiu as Penitenciárias
Estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga, 56 homens conseguiram fugir
pulando os muros da unidade e também através de túneis.
Na fuga desta madrugada, os detentos utilizaram um túnel cavado a
partir do Pavilhão 2. Eles saíram nas proximidades do matagal que cerca a
unidade prisional e não tiveram dificuldade em se camuflar em meio à mata.
De acordo com a Polícia Militar, dois carros foram utilizados para
dar apoio aos foragidos. A escuridão do entorno do presídio dificultou a ação
dos policiais militares que fazem a guarda prisional nas guaritas.
Transferência
No início deste ano, pelo menos 100 presos foram transferidos de
Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga para Parnamirim, após as rebeliões que
culminaram na morte de 26 detentos nos presídios potiguares.
Os detentos transferidos em janeiro eram ligados à facção Sindicato
do Crime (SDC), grupo rival do Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com
relatos de agentes penitenciários e policiais militares que atuam na unidade de
Parnamirim, os presos que escaparam nesta quinta-feira também são do SDC.
Desde março de 2015, quando rebeliões simultâneas destruíram 16 das
32 unidades prisionais do Rio Grande do Norte, incluindo a Penitenciária
Estadual de Parnamirim, os cerca de 600 presos que cumprem pena na unidade
ficam livres nos pavilhões. As celas foram destruídas e as grades jamais
repostas.
"Não dá pra realizar nenhum procedimento nestas condições, com
os detentos soltos", declarou o titular da Sejuc, Luiz Mauro Albuquerque
de Araújo. De acordo com ele, o túnel usado para a fuga tem entre 30 e 40
metros de comprimento. A secretaria ainda não divulgou a lista com a
identificação dos foragidos.
Fonte DN
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