A descoberta do primeiro caso de raiva bovina no Ceará se deu
quando um produtor da localidade de Sucupira procurou o escritório da Adagri em
Limoeiro do Norte informando que tinha um animal com sintomas da doença.
A equipe foi até o local, colheu o material, fez exames e o
resultado deu positivo. Após alguns dias o animal infectado veio a óbito. O
veterinário da Adagri Xavier Júnior cita alguns sintomas da doença.
“Primeiramente o animal começa a se isolar do rebanho. Ele fica
triste, sem querer comer, e começa a apresentar um andar cambaleante, tremores,
se deita, e não consegue mais se levantar”, explica.
Xavier Júnior explica que, no caso de bovinos, o principal
transmissor da raiva é o morcego vampiro, espécie que se alimenta de sangue.
Por isso, a melhor maneira de se evitar a doença é a prevenção. Se o animal
estiver vacinado, os riscos são bem menores.
“Só que pode também essa transmissão ser feita por sagui, raposa,
qualquer animal que estava contaminado com o vírus. Uma vez o animal acometido
com a doença, ele irá a óbito com certeza. O melhor método de prevenção é a
vacinação”, alerta.
O médico veterinário alerta que bovinos com sintomas da raiva não
devem ser abatidos e sua carne não deve ser comercializada. Mas se por acaso
houver consumo humano durante o período de encubação da doença, quando o animal
está infectado, mas não apresenta os sintomas, pode não haver riscos, uma vez
que a carne será preparada antes de chegar ao consumidor.
De acordo com o programa estadual da raiva, a última confirmação de
casos em animais ocorreu em junho de 2016, em um sagui, na cidade de Tamboril.
No novembro de 2016 um agricultor da cidade de Iracema, também no
Vale do Jaguaribe, morreu após contrair a doença. Antônio Nunes foi mordido por
um morcego vampiro no dia 16 de setembro, mas demorou a buscar atendimento.
Após apresentar os sintomas, ele foi internado no hospital São
José, em Fortaleza, onde foi submetido a um tratamento, mas mesmo com todo o
esforço Antônio teve uma parada de cardíaca e faleceu.
Ouça mais na matéria de Rigoberto Freitas, da Rede Jangadeiro.
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