A balconista Elisânia da Conceição Leal, 40 anos, grávida de dois
meses, foi assassinada pelo amante, um homem casado, porque se negava a fazer o
aborto. O acusado, César Aparecido, 22 anos, disse que sua mulher também estava
grávida e ele temia ser abandonado por ela.
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (7), em Santa Isabel
(SP), e o suspeito foi preso horas depois. Ele mesmo ligou para a polícia
afirmando que tinha sido vítima de assalto e culpou os supostos assaltantes
pela morte da mulher. Elisânia foi morta com golpes de martelo e uma facada no
pescoço.
De acordo com a Polícia Civil, os policiais militares receberam a
ligação de um homem informando que havia sido vítima de sequestro e obrigado a
dirigir até uma estrada rural, onde os bandidos o fizeram matar uma mulher.
Os policiais localizaram o suspeito e foram até o local,
encontrando o corpo da vítima ao lado do carro. Eles também localizaram a faca
e o martelo usados no crime, mas desconfiaram da versão do suspeito. Isso
porque o carro dele estava atolado no barro e não havia qualquer sinal dos
supostos sequestradores.
Na delegacia, ele acabou confessando que havia se casado
recentemente e sua esposa estava grávida de oito meses, mas a amante também
engravidara e não consentia com o aborto. Ele temia que a esposa o deixasse ao
saber da traição.
De acordo com a Polícia Civil, César premeditou o crime e, após
matar a mulher, tentou fugir, mas o carro encalhou na lama. O homem foi
indiciado por feminicídio – homicídio praticado contra a mulher em razão da
condição de sexo feminino.
César foi levado para o 1º Distrito Policial de Guarulhos. Até a
tarde desta quinta-feira (8), ele não tinha advogado constituído. O corpo de
Elisânea passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos e foi
liberado para a família. O exame deve confirmar se ela estava grávida.
Estadão Conteúdo
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