Os 554,5 milímetros de chuva foram suficientes para dobrar a
capacidade total de armazenamento de água dos açudes cearenses
Ao todo, de fevereiro a maio de 2017, o Ceará registrou 554,5
milímetros de chuva, um desvio percentual de -7,7% em relação à média
registrada de 1981 a 2010 no período.
A quadra chuvosa deste ano ficou dentro dos limites da média
histórica, que são 505,6 mm (inferior) e 695,8 mm (superior).
Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (13) pela
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Como o Tribuna do Ceará já havia adiantado, foi a melhor quadra
chuvosa desde 2011. Foi o suficiente, segundo a Funceme, para fazer dobrar o
percentual do armazenamento total de água do estado. Em janeiro, os açudes
cearenses tinham 6,4% de sua capacidade; já atualmente a medida está em 12,4%,
afirma Eduardo Martins, presidente da Funceme.
A Funceme divulgou que a região do Cariri foi a mais afetada ao
longo do quadrimestre chuvoso, com desvio percentual de -23,2%. Assim como o
Sertão Central e Inhamuns (-20,4%), a região registrou chuvas abaixo da média
histórica.
As demais regiões, no entanto, registraram precipitações em torno
de suas médias históricas: Jaguaribana (-15,5%), Ibiapaba (-6,2%), Litoral
Norte (4,3%), Litoral de Pecém (6,0%), Maciço de Baturité (8,7%) e Litoral de
Fortaleza (14,2%).
De acordo com a Funceme, a expectativa é de que as chuvas do
restante do ano não gerem grande impacto na crise hídrica no Estado. Não há
ainda perspectivas para 2018.
“Temos que aguardar setembro, outubro, que é quando esses modelos
[que acompanham a evolução das condições dos oceanos] começam a ter alguma
performance na sua previsão no que diz respeito às condições de temperatura da
superfície do mar”, conclui Eduardo Martins.
Por Tribuna do Ceara.
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