quinta-feira, março 15, 2018
Home
Noticia Regionais
Serviços
Por auxílio-moradia de R$ 4.377, juízes federais paralisam atividades nesta quinta
Por auxílio-moradia de R$ 4.377, juízes federais paralisam atividades nesta quinta
Juízes federais de todo o Brasil vão paralisar suas atividades em
defesa do auxílio-moradia nesta quinta-feira, 15. Manter o benefício em R$
4.377,73, valor pago atualmente, e o aumento nos salários, que as categorias
dizem estar defasados, são as principais reivindicações. Um juiz federal em
início de carreira ganha, em média, um salário bruto de R$ 27.500. A
expectativa é que atos públicos ocorram em Brasília, Porto Alegre, São Paulo,
Rio de Janeiro, Salvador e Belém.
Juízes do Trabalho também aderiram à paralisação. Procuradores do
Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho também apoiam o
protesto, mas não vão parar as atividades. A mobilização pretende fazer com que
a Justiça Federal e do Trabalho, funcione hoje em regime de plantão, apenas com
o atendimento de casos urgentes, como habeas corpus (pedidos de liberdade) e
processos que envolvam risco de vida. Não está clara a força da adesão ao movimento.
Juízes da Lava Jato, por exemplo, devem manter o trabalho.
A Justiça Federal do Paraná informou que funcionará normalmente. O
juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 13ª Vara Criminal de
Curitiba, informou, por meio da assessoria da Justiça Federal, que não iria se
manifestar sobre o assunto. No Rio de Janeiro, o juiz da 7ª Vara Criminal,
Marcelo Bretas, do Rio, não vai aderir à paralisação e manteve as audiências
previstas para o dia. Ambos recebem auxílio-moradia mesmo tendo imóvel próprio.
Uma pesquisa da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe)
apontou que a manifestação desta quinta-feira teve o apoio de 81% dos 1.300
associados que responderam a uma consulta interna sobre o tema. Outros 19%
foram contrários. Já o Conselho de Representantes da Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB) decidiu que a entidade não vai participar da mobilização.
Em nota divulgada nessa quarta, a AMB destacou que “a entidade, que
congrega mais de 14 mil magistrados das esferas estadual, trabalhista, federal
e militar, não participará da mobilização prevista para amanhã, 15 de março, e
tampouco fará paralisação ou greve nesse mesmo dia”. “A AMB sempre defendeu o
Judiciário e os juízes de todo e qualquer tipo de pressão, tendo a independência
da magistratura como um dos maiores valores merecedores de proteção, pois
trata-se de conquista da democracia brasileira e da qual jamais abrirá mão”,
segue o texto, subscrito pelo presidente da entidade, Jayme de Oliveira.
Esta não é a primeira vez que os juízes federais ameaçam parar. Em
1999 e 2014 também foram organizados protestos que tinham a questão salarial
como mote, assim como a resposta às críticas do meio político à magistratura.
STF vai julgar pagamento
O protesto tem na mira o julgamento previsto para a próxima
quinta-feira, 22, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da legalidade do
auxílio-moradia. Os ministros do Supremo vão analisar a legalidade do
benefício. Uma decisão do ministro do STF Luiz Fux, de setembro de 2014,
garantiu o pagamento do auxílio aos juízes federais de todo o País. Membros do
Ministério Público e juízes estaduais também recebem o benefício. O auxílio
está previsto na Lei Orgânica da Magistratura e faz exceção apenas aos juízes
que tenham a disposição um imóvel oficial, nos moldes do que ocorre, por
exemplo, com os apartamentos oferecidos aos deputados e senadores em Brasília.
Na prática, não é comum que juízes tenham esse tipo de imóvel à
disposição nos Estados e municípios. A lei que rege o Ministério Público também
prevê o pagamento. Uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo mostrou que
quase metade dos juízes que recebem auxílio-moradia na cidade de São Paulo
possuem imóvel próprio na capital paulista. O pagamento não é ilegal. A lei que
criou o benefício não exclui de seu recebimento juízes que tenham casa própria
e a concessão do auxílio foi confirmada nesses casos pela decisão do ministro
Fux. A única exceção que impediria o pagamento é se o juiz tiver a disposição
um imóvel oficial, ou seja, custeado pelo poder público.
Moradia não é foco, dizem entidades
As associações de juízes e procuradores que estão à frente da
mobilização têm afirmado que a defesa do auxílio-moradia não é o foco do
movimento, mas sim a falta de reajuste nos salários das categorias, que não
tiveram a inflação reposta nos últimos anos, e também o repúdio a projetos de
lei em tramitação no Congresso que poderiam, segundo as entidades, interferir
na atuação livre de juízes e procuradores.
São criticados os projetos de lei que trata do abuso de autoridade
e o que torna crime a violação a certas prerrogativas dos advogados. “A
mobilização do dia 15/3 não tem por foco primeiro a pauta do Supremo Tribunal
Federal, no próximo dia 22/3, para o julgamento das ações relativas à ajuda de
custo para a moradia. Tem, para muito além disso, o claro propósito de
denunciar publicamente a depreciação insuportável do valor dos subsídios da
Magistratura nacional (cerca de 40% de inflação não reposta, desde 2004/2005,
em relação ao primeiro valor fixado em parcela única)”, diz trecho de nota
divulgada pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra). Além da Ajufe e da Anamatra, apoiam a mobilização a Associação
Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho (ANPT)
Com informações do Uol Notícias
Tags
Noticia Regionais#
Serviços#
Compartilhar isso
Sobre Folha Serrana
Serviços
Tags
Noticia Regionais,
Serviços
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Your Ad Spot
Author Details
Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário é Muito Importante para Nós