O Ceará fechou o primeiro quadrimestre de 2018 com, nada
menos, que 1.722 assassinatos, já contabilizados os 377 homicídios registrados
em abril, e manteve a média de 14 mortes violentas por dia. Somente em
Fortaleza, 554 pessoas foram assassinadas nos primeiros quatro meses deste ano,
outras 493 na Região Metropolitana e mais 675 no Interior (347 na região Norte)
e 328 (no Sul).
Nos números de abril, especificamente, a Capital cearense
teve o registro de 120 Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), na
Região Metropolitana de Fortaleza foram 109 casos. Já no Interior Norte foram
assassinadas 77 pessoas, e no Interior Sul, 71.
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A distribuição dos 229 homicídios na Grande Fortaleza, em
abril, por município, foi a seguinte: Fortaleza/Capital (120 assassinatos),
Caucaia (28), Maracanaú (24), Itaitinga (11), Horizonte (10), Maranguape (9),
Pacajus (9), São Gonçalo do Amarante (5), Aquiraz (4), Pacatuba (4), Eusébio
(2), Cascavel (2) e Guaiúba (1).
Em comparação a abril de 2017, o mês passado praticamente
igualou os números (378 em 2017, e 377 em 2018), uma queda de apenas 0,2 por
cento.
Migram
Os assassinatos na Capital começam a migrar para cidades
da Região Metropolitana de Fortaleza e cidades de pequeno e médio portes do
Interior, graças à dois fatores: a intensificação do policiamento, com o
aumento do efetivo; e a fuga de criminosos da Capital em decorrência da guerra
entre as facções criminosas e a perda de território de atuação para grupos
rivais.
Ainda assim, os bandidos jurados de mortes pelos inimigos
são caçados e mortos no Interior e cidades metropolitanas como Caucaia,
Pacajus, Horizonte e Maracanaú.
Em Municípios de pequeno porte, como Varjota, Groaíras,
Paraipaba, Itapajé, Pentecoste, Itarema, Redenção e outras do interior, a
chegada de bandidos oriundos da Capital (ameaçados pelas facções rivais) tem
resultado no aumento dos índices de assassinatos.
Exemplo disso aconteceu no último sábado (28) na cidade
de Jaguaribe (a 300Km de Fortaleza), onde um homem foi morto, a tiros, por dois
criminosos integrantes de uma facção estabelecida no Conjunto Palmeiras, no
Grande Jangurussu, em Fortaleza.
Presos, os suspeitos confessaram que receberam a ordem de
um traficante que está preso em uma CPPL, em Itaitinga, mas que continua a comandar a quadrilha mesmo
estando atrás das grades.
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