No Brasil, falta
trabalho para um total de 27,7 milhões de brasileiros. É o que aponta a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) trimestral
divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,7% no 1º
trimestre de 2018, a maior da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em
2012. O contingente de subutilizados também é o maior já registrado pela pesquisa.
Esse número representa
os trabalhadores subutilizados no país, grupo que reúne os desempregados,
aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas) e os que
fazem parte da força de trabalho potencial (não estão procurando emprego por
motivos diversos).
No 4º trimestre de 2017,
a taxa de subutilização da força de trabalho tinha ficado em 23,6%, reunindo
26,4 milhões de pessoas. Já a taxa média anual para 2017 ficou em 23,8%.
A taxa de desemprego
subiu para 13,1% no 1º trimestre, atingindo cerca de 13,7 milhões de
brasileiros, segundo já havia sido divulgado anteriormente pelo IBGE. As
maiores taxas de desocupação foram registradas no Amapá (21,5%), Bahia (17,9%),
Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e Maranhão (15,6%). Já as menores em Santa
Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato
Grosso (9,3%).
Veja o que são
considerados trabalhadores subutilizados e quantos estavam nessa condição no 1º
trimestre de 2018:
13,7 milhões de
desempregados: pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos
30 dias;
6,2 milhões de
subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam
de trabalhar mais;
7,8 milhões de pessoas
que poderiam trabalhar, mas não trabalham (força de trabalho potencial): grupo
que inclui 4,6 milhões de desalentados (que desistiram de procurar emprego) e
outras 3,2 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que não têm
disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para
cuidar os filhos.
Por Daniel Silveira e
Darlan Alvarenga, G1
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