sexta-feira, março 29, 2019
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Policiais militares acusados de torturar adolescente são afastados pela Justiça
Policiais militares acusados de torturar adolescente são afastados pela Justiça
Quatro policiais militaressuspeitos de torturar um adolescente em agosto do ano passado foram afastados
das funções pelo Juízo da Auditoria Militar da Comarca de Fortaleza, após a
denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). A decisão foi
divulgada na manhã desta quarta-feira (27). Conforme o Procedimento
Investigatório Criminal, instaurado pelo órgão ministerial, os policiais foram
acusados pela suposta prática delitiva de tortura comissiva e omissão perante
tortura.
A reportagem do Sistema Verdes Mares tentou contato com a defesa
dos acusados, o tenente Leonardo Jader Gonçalves Lírio, os cabos Jean Claude
Rosa dos Santos e Carlos Henrique dos Santos Uchoa, e o 3º sargento José
Alexandre Sousa da Costa, mas não obteve resposta até a publicação dessa
matéria.
Para o juiz responsável pelo caso a medida é necessária em razão da
função de comando do tenente Leonardo e da iniciativa das alegadas agressões.
Os demais policiais denunciados foram afastados das funções policiais de
caráter ostensivo. Na tarde desta quarta-feira (27), por nota, a Polícia
Militar do Ceará (PMCE) informou que foi notificada da ordem judicial
determinando o afastamento e, "a esta corporação cabe o cumprimento da
decisão judicial, o que já foi feito".
Caso
No dia 28 de agosto, os policiais estavam no terreno baldio, no
bairro Bela Vista, em Fortaleza, em busca de drogas e armas escondidas,
pertencentes a organizações criminosas. Na ocasião, foram encontradas 500
gramas de crack, e seis pessoas foram presas. Os atos de violência foram
filmados e divulgados em redes sociais. A ação repercutiu entre a população e
dividiu opiniões quanto à postura dos oficiais. Nas imagens, dois agentes de
segurança participam diretamente da ação, enquanto um vigia a violência, e pelo
menos outros dois realizam buscas no terreno baldio, enquanto o adolescente se
rebate no chão.
"Quando a operação finalizou e em razão das agressões sofridas
pelo jovem, ao invés dos policiais realizarem o devido procedimento de
apresentação do adolescente à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), os
militares liberaram-no, entregando-o aos cuidados da mãe", completou o
MPCE.
Na filmagem, o tenente Leonardo Lírio aparece agredindo um
adolescente de 15 anos com socos. Com a ajuda do cabo Jean Claude, o militar
continuou a realizar atos de tortura física e psicológica, com a simulação de
afogamento, técnica conhecida como “saco d’água”, a fim de coletar informações
sobre o paradeiro de drogas, armas e integrantes de facções.
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, se
pronunciou na época, afirmando que a atitude dos servidores públicos "não
é a orientação". O titular da SSPDS completou que “cabe apenas permitir e
não interferir nas investigações. E garantir que o trabalho possa ser feito com
isenção, imparcialidade, rigor e sempre respeitando os direitos constitucionais
do contraditório e da ampla defesa", completou.
Fonte: Diário do Nordeste
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