quinta-feira, janeiro 09, 2020
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Falta vacina pentavalente em todo o País após reprovação em teste de qualidade
Falta vacina pentavalente em todo o País após reprovação em teste de qualidade
A vacina pentavalente, que protege crianças de cinco doenças
bacterianas – meningite, tétano , difteria, coqueluche e hepatite B – está em
falta em postos de saúde de todo o País. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará
(Sesa), o repasse, que é realizado periodicamente pelo Ministério da Saúde
(MS), sofreu uma interrupção e a última remessa foi recebida em outubro de
2019. O motivo, segundo o MS, seria a reprovação da vacina em testes. O POVO
entrou em contato com quatro postos de saúde na Capital e em todos foi
confirmada a falta da vacina.
Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações
da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirma que nenhuma das doenças que
podem ser prevenidas pela vacina está erradicada do Brasil, e a maioria delas é
causada por bactéria. “A coqueluche e a difteria faz alguns anos que não
aparecem casos no País, mas é um risco”, afirma. A imunização é aplicada em
três doses, ao dois, quatro e seis meses de vida.
Através de nota, o Ministério da Saúde informou que distribuiu mais
de 4,7 milhões de doses da vacina pentavalente aos estados em 2019. Para o
Ceará, foram enviadas 198.629 doses. Uma nova remessa aguarda parecer da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para posterior liberação da Anvisa.
“Tão logo essas doses sejam liberadas para uso, serão distribuídas aos Estados.
A previsão é iniciar o processo de regularização da distribuição ainda neste
mês de janeiro”, avisa a nota.
Vacina reprovada
Ainda segundo o MS, a remessa de vacina pentavalente, adquirida por
intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foi reprovada em
testes de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em
Saúde (INCQS) e análise do Ministério da Saúde. Por este motivo, as compras com
o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), que pré-qualifica os laboratórios.
A pasta solicitou reposição do fornecimento à Opas, porque a vacina
não é fabricada no Brasil. Foi feita nova aquisição de 8 milhões de doses e as
imunizações começaram a chegar de forma escalonada em agosto de 2019 no Brasil.
De acordo com o Ministério, quando os estoques forem normalizados, o Sistema
Único de Saúde (SUS) fará busca ativa pelas crianças que completaram dois,
quatro ou seis meses de idade, para vaciná-las.
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