Legenda: A geração de vagas no Ceará foi a sexta maior do
País. Os maiores resultados foram observados em São Paulo (104,8 mil) e Minas
Gerais (34,3 mil)
Foto: Natinho Rodrigues
Após gerar 9,7 mil vagas de trabalho formal em junho, o
mercado de trabalho formal do Ceará avançou mais uma vez em julho e ganhou mais
13.420 empregos. É o maior resultado mensal entre todos os estados do Nordeste,
de acordo com divulgação feita nesta quinta-feira (26) pelo Ministério da
Economia.
No mês, o mercado formal contratou 43 mil pessoas e
demitiu 29,6 mil, gerando o saldo positivo. Ainda de acordo com os dados da
Pasta, de janeiro a julho, foram geradas 46,1 mil vagas formais no Ceará.
O resultado do Ceará também se destaca ante os outros
estados brasileiros. A geração de vagas no Estado foi a sexta maior do País. Os
maiores resultados foram observados em São Paulo (104,8 mil) e Minas Gerais
(34,3 mil).
MUNICÍPIOS
Fortaleza teve a maior geração de empregos em julho deste
ano, com saldo de 6.034 vagas. Esse saldo é fruto de 23 mil admissões e 16,9
mil desligamentos no período.
O mercado de trabalho formal em Juazeiro do Norte
apresentou o segundo melhor desempenho do Estado, com 1.060 vagas geradas em
julho deste ano. Confira a lista dos 10 municípios com o melhor desempenho do
mercado de trabalho:
Fortaleza: 6.034
Juazeiro do Norte: 1.060
Eusébio: 737
Caucaia: 548
Sobral: 534
Maracanaú: 443
Quixeramobim: 382
Brejo Santo: 278
Aquiraz: 265
Icapuí: 233
SETORES
Todos os setores analisados apresentaram saldo positivo
de vagas no Ceará, mas o de serviços foi o principal responsável pela geração
de emprego no Ceará em julho deste ano, com a crescente reabertura das
atividades econômicas que estavam suspensas em decorrência do coronavírus. A
atividade foi responsável por 5.040 vagas no período.
Dentro do setor de serviços, os destaques foram as
atividades de informação, comunicação e financeiras, imobiliárias,
profissionais e administrativas, com mais de três mil vagas. Em seguida,
aparecem as atividades de alojamento e alimentação, que ganharam 1.588 vagas.
O comércio e a indústria também apresentaram importantes
contribuições nesse sentido. O primeiro teve um saldo positivo de 3.190 vagas
em julho e o segundo, impulsionado pela indústria de transformação, garantiu
3.037 postos formais no sétimo mês do ano. A construção civil grou 1.858 vagas
e a agricultura teve 295 postos a mais.
RECUPERAÇÃO
O presidente do Instituto do Desenvolvimento do Trabalho
(IDT), Vladyson Viana, avalia que os números do mercado de trabalho nos últimos
meses mostram que o Ceará está em uma curva positiva de recuperação do emprego
e da economia. "Nos últimos 14 meses, apenas em março o Ceará não teve
saldo positivo de vagas".
"Isso se dá, no nosso entendimento, pela reabertura
econômica com responsabilidade e aumento da cobertura vacinal, que dá segurança
para que a economia retome", diz Viana, reforçando que o comércio e o
setor de serviços impulsionaram o resultado. "São atividades que conseguem
responder de forma rápida".
FIM DO BENEFÍCIO EMERGENCIAL (BEM)
Ele também lembra que os resultados de julho e dos
últimos meses estão ligados às ações e políticas públicas de apoio à retomada e
manutenção do emprego. Com o fim do Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda (BEm), ele acredita que a empregabilidade no Estado pode ser
afetada.
"Sabemos que alguns setores foram muito atingidos
pela crise, como o de entretenimento e alimentação fora do lar, que não estão
em seu pleno funcionamento", detalha Vladyson Viana.
O presidente do IDT pontua, porém, que ações estaduais
devem ajudar a compensar as perdas decorrentes do fim do programa. "O
Estado está lançando o Mais Emprego Ceará também para o setor de comércio e
serviços, com a contratação de 20 mil novos postos subsidiados", lembra
Viana.
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