Cearense era a pessoa mais velha do Brasil e a terceira
do mundo — Foto: Arquivo Pessoal
Aos 116 anos, a cearense Francisca Celsa dos Santos,
considerada a pessoa mais velha do Brasil e a terceira do mundo, morreu na
última terça-feira (5), em Fortaleza, após ser acometida por uma pneumonia. O
título de mais velha do país foi validado pelo Gerontology Research Group
(GRG), ou Grupo de Pesquisa em Gerontologia.
O GRG trabalha desde o início da década de 1990 com a
longevidade humana e é uma das entidades indicadas pelo Livro Guinness de
Recordes para validar idades.
Cearense de 116 anos é reconhecida como a pessoa mais
velha do Brasil
Cearense de 116 anos, uma das pessoas mais velhas do
mundo, já passou até por "doença sem cura"
De acordo com uma das netas de dona Francisca, a
assistente administrativa Fernanda Aliny Barroso Celsa, a avó não teve
Covid-19, mas a piora no quadro de saúde provocou a múltipla falência dos
órgãos. Ela morreu na casa onde morava, no Bairro Messejana. Ela era natural da
cidade de Cascavel, na região metropolitana.
O corpo da idosa foi sepultado por volta das 16h desta
quarta-feira (6), no Cemitério Municipal de Pacajus (Nossa Senhora da
Conceição), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Sinônimo de amor
Fernanda afirmou que a partida da avó está sendo muito
sentida por toda a família, que a via como uma mulher forte e muito amorosa com
todos.
"Ela é sinônimo de amor, de vontade de viver, de
tudo de bom que se possa imaginar. O elo de ligação entre netos, bisnetos,
tataranetos. Apesar de não se movimentar, viver acamada há alguns anos, ficou
um vazio em cada lugar da casa", diz.
Ainda de acordo com a neta, um dia antes de morrer, Dona
Francisa foi reconhecida como a mulher mais velha da América Latina.
"Recebemos a ligação do pessoal do Guinness Book nos dando a notícia,
ficamos muito felizes no dia e logo veio a partida dela, foi muito
difícil", lamenta Fernanda.
Pandemia
Durante a pandemia do coronavírus, a neta Fernanda conta
que os cuidados com a avó foram redobrados. "Meu primo Luzinei Monteiro,
que é médico, é quem tomava as decisões da saúde da minha avó. Uma prima ficou
direto com ela para cuidar", afirma.
A assistente administrativa afirma não ter sido um
período fácil para a família, já que a doença padeceu parentes próximos.
"A saudade por não poder visitá-la era grande, mas a minha avó era frágil
e precisávamos ter todos esses cuidados", finaliza.
Apesar de todos os cuidados, uma obra próximo ao local
onde a idosa morava acabou produzindo muita poeira, o que colaborou com o
agravamento do estado de saúde da matriarca da família. Ela piorou com a pneumonia
e morreu por volta de 21h30 da terça-feira, a 17 dias de completar 117 anos.
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