Legenda: Nova proposição sugere que o Dia Nacional de Santa Dulce
seja em 13 de agosto
Foto: Acervo memorial Irmã Dulce
O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), autor do projeto em homenagem à
Santa Dulce dos Pobres, alterou o texto e suspendeu a criação de um feriado nacional
para a religiosa. A proposição, que já havia sido aprovada no Senado, prevê
agora apenas um dia nacional. O parlamentar também mudou a data de celebração
para 13 de agosto, e não mais em 13 de março.
Se o projeto for aprovado na Câmara dos Deputados, 13 de agosto
passará a ser considerado o Dia Nacional da Santa Dulce dos Pobres. A data faz
menção ao dia já incorporado na tradição baiana de prestar homenagens à
religiosa.
O feriado de Irmã Dulce havia sido aprovado pela Comissão de
Educação do Senado Federal no último dia 18 de novembro. Até então, a
celebração em honra à religiosa seria no dia 13 de março, data da morte dela
aos 77 anos, em 1992.
Irmã Dulce é uma figura importante para os católicos e para os mais
pobres. Em 13 de outubro de 2019, ela foi canonizada pelo Papa Francisco,
tornando-se a Santa Dulce dos Pobres. Ela é conhecida como "anjo bom da
Bahia" e considerada a primeira santa brasileira.
Maria Rita Lopes, nome de batismo de Irmã Dulce, foi proclamada
santa diante de 50 mil fiéis, inúmeros bispos, religiosos e missionários.
"Hoje agradecemos ao Senhor pelos novos santos, que andaram com fé e agora
os evocamos como intercessores", disse o Papa Francisco à época.
CANDIDATA AO NOBEL DA PAZ
Dulce conheceu o papa João Paulo II, com quem teve duas reuniões em
1980 e em 1991, quando foi hospitalizada por problemas de saúde em função de
uma doença pulmonar crônica.
Seu humanismo e trabalho de caridade levaram o então presidente do
Brasil, José Sarney, a candidatá-la em 1988 ao Prêmio Nobel da Paz.
Ela foi beatificada por Bento XVI em 2011 após a verificação de um
primeiro milagre, conforme estabelecido pelas normas do Vaticano.
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