Se você já se dedicou a ler o capítulo final da Bíblia Sagrada,
então está ciente que são muitas as criaturas mitológicas descritas ali,
incluindo dragões, cavalos com cabeça de leão e é claro, bestas.
Apocalipse, também conhecido como “Livro da Revelação”, foi escrito
pelo apóstolo João durante o século 1, e é composto por uma série de visões que
essencialmente profetizam o fim do mundo.
Estas citações já foram utilizadas para explicar desastres
naturais, como aquecimento global, e artificiais, como o acidente nuclear de
Chernobyl, de acordo informações de reportagem da BBC.
Entre algumas das citações mais famosas do livro está o “número da
besta” (666), onde lê-se: “Quem tiver discernimento, calcule o número da besta,
pois é número de homem, e seu número é 666”. Logo, até os dias atuais o número
é utilizado para referenciar o mal, embora a maioria das pessoas sequer saiba o
que este número significa de fato.
Segundo cientistas estudiosos em textos bíblicos, quando João
escreveu o livro, é possível que tenha utilizado códigos e símbolos para
alertar os cristãos à época sobre a adoração ao imperador de Roma, bem como
para provocar o poderoso regime.
Ainda, na Antiguidade, era comum utilizar números para esconder um
nome. Nos alfabetos grego e hebraico, por exemplo, toda letra possui um número
correspondente.
Conforme o exemplo fornecido pelo professor Ian Boxall, da Catholic
University of America (CUA), em entrevista à BBC, temos o nome “Anna”, que no
modelo numérico seria representado pelo número 102. Considere que, “A” vale 1 e
“N” vale 50.
Logo, se escrevêssemos o nome do imperador Nero César, segundo o
alfabeto hebraico, teríamos a seguinte equação: 200 + 60 + 100 + 50 + 6 + 200 +
50 = 666.
Considere ainda a hipótese de acadêmicos de que a perseguição de
Nero aos cristãos de Roma fez com que ele fosse extremamente odiado pelos
adoradores de Cristo.
Reconstituição gráfica de como seria o rosto do Imperador Nero.
Foto: Divulgação/ Youtube / Salvador Ruano
666 ou 616?
Em 2005, a NASA desenvolveu um dispositivo capaz de ler com maior
destreza a superfície de papiros. Logo, ao analisar um encontrado no Egito em
1897, possivelmente escrito no século III, descobriram uma versão diferente
para o número da besta, que era 616.
Segundo historiadores, o número 666, na verdade, poderia se referir
a um marco histórico, como a implantação de uma nova religião ou Era.
O número 666, cuja soma dos dígitos resulta em 18, que por sua vez
divido por 2 resulta em 9, não condiz com a fama negativa de seu significado —
que é creditado em muitos países o 13 como “número do azar”.
Por outro lado, se somarmos os dígitos de 616 teremos o 13, que
está presente de maneira mais negativa na simbologia mística e para os que
acreditam de forma não científica na numerologia, visto que a ciência não
aceita este tipo de explicação.
Entretanto, embora a versão do papiro diga o contrário, o número
mais aceito atualmente ainda é o 666, uma vez que está na Bíblia. Logo, ele
seria um alerta sobre a adoração de falsos ídolos, como eram feitos aos
imperadores à época.
Há uma tendência da grande maioria dos historiadores em admitir que
o número de fato representa apenas o nome do imperador Nero César, de acordo
com o alfabeto hebraico — fato defendido por diversos cientistas arqueólogos
especialistas em religião.
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