Ação de retificação do nome da criança foi ajuizada em junho de
2021, por meio da Promotoria de Justiça de Nova Olinda e corre em segredo de
justiça.
Por g1 CE
01/02/2022 05h02 Atualizado
há 3 horas
Avó tenta mudar o nome do bebê de 10 meses batizado de Lúcifer. Na
tradição cristã, nome é associado ao diabo.
— Foto: Divulgação (foto ilustrativa)
Avó tenta mudar o nome do bebê de 10 meses batizado de Lúcifer. Na
tradição cristã, nome é associado ao diabo. — Foto: Divulgação (foto
ilustrativa)
A avó materna de um bebê que atualmente tem 10 meses de idade
entrou na Justiça para alterar o nome do neto, registrado como Lúcifer, na
cidade de Nova Olinda, no interior do Ceará. O menino, nascido em março de
2021, é a pessoa mais recente a ser registrada com este nome no Brasil. Na
tradição cristã, o nome é associado ao diabo.
A criança ficou sob a guarda da avó após um duplo homicídio
cometido pelo pai. Ele matou a mãe e o avô paterno do bebê com golpes de machado
na zona rural da cidade. O crime ocorreu no dia 27 de maio do ano passado, na
casa da família, quando o pequeno tinha apenas dois meses de vida. O suspeito
do crime foi encontrado morto meses depois do crime.
Mais de 6 mil RGs com nome social foram emitidos no Ceará em 2021
Conforme o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a ação de
retificação do nome da criança foi ajuizada em junho de 2021, por meio da
Promotoria de Justiça de Nova Olinda. O processo segue em segredo de justiça,
como determina a Lei 8.069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente.
O nome Lúcifer vem da junção das palavras em latim lux (luz) e
ferus (carregar) e significa "portador da luz". Na tradição cristã,
ele é representado como um anjo que desejava estar acima de Deus, por isso foi
expulso do céu para o mais profundo abismo, tornando-se, então, o diabo.
O Conselho Tutelar de Nova Olinda afirma que desde o dia do crime,
que chocou a cidade, tanto o bebê, quanto os outros dois irmãos dele são
acompanhados por conselheiros tutelares.
Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas
Naturais (Arpen-Brasil), no período de 2016 a 2021, além do bebê cearense,
outras duas pessoas, ambas do Rio Grande Sul, receberam o mesmo nome.
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