Vítima de 14 anos estava em um alojamento na ala
intermediária do centro com outros três jovens, que foram encaminhados à
delegacia e depois transferidos para outro local não informado.
Por g1 CE
Adolescente de 14 anos foi morto em centro
socioeducativo de Fortaleza. — Foto:
José Leomar
Adolescente de 14 anos foi morto em centro
socioeducativo de Fortaleza. — Foto: José Leomar
O adolescente de 14 anos morto em um centro
socioeducativo em Fortaleza, foi vítima de outros internos após contar para
eles como matou um motorista de aplicativo em novembro de 2020, em Caucaia, na
Região Metropolitana. O caso aconteceu no Centro Socioeducativo Canindezinho,
no Bairro Siqueira, neste domingo (24). O jovem respondia a um ato infracional
análogo ao crime de latrocínio, pela morte do motorista de aplicativo José
Hilker Assunção de Sousa, de 28 anos, que teve 95% do corpo queimado.
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Conforme o juiz da 5ª Vara da Criança e do Adolescente,
Manuel Clístenes, após cometer atos de indisciplina dentro do centro
socioeducativo, o adolescente precisou ser remanejado para uma ala
intermediária. Foi lá que ao ser interrogado pelos colegas de quarto sobre o
motivo de estar ali ele acabou falando com detalhes sobre como havia
participado da morte de José Hilker.
"Os companheiros de dormitório ficaram indignados
com a crueldade praticada pelo adolescente contra o motorista de aplicativo.
Esperaram ele ficar em uma posição que não pudesse se defender e usaram lençóis
para primeiro amarrar o pescoço dele e, em seguida, desmontaram um aparelho de
barbear para usar as lâminas do objeto e ferir a vítima em várias parte do
corpo, inclusive no pescoço", revela.
Clístenes informou ainda que após o ato os próprios
internos acionaram os socioeducadores para que providenciassem a retirada do
corpo do adolescente do dormitório.
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envolvimento em caso de motorista que teve o corpo queimado
A Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento
Socioeducativo (Seas) informou que a morte do adolescente, que era interno da
unidade, aconteceu por volta das 21h do dia 24 de abril. A vítima estava em um
dos alojamentos com outros três internos.
Após a morte do jovem, coordenadores de segurança e de
gestão compareceram à unidade, realizaram relatórios e encaminharam a
comunicação ao Sistema de Justiça do Estado. A Seas informou que a Assessoria
de Diretrizes Socioeducativas e a Equipe Técnica estão prestando apoio à
família do adolescente. A Corregedoria já apura as causas do ocorrido, disse o
órgão em nota.
Adolescentes transferidos
Os três adolescentes envolvidos na morte do jovem de 14
anos foram transferidos do centro socioeducativo. Antes, eles foram
encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) para o registro
do ato infracional semelhante a homicídio. Não foi informado o novo local para
onde os jovens foram levados. O trio já possuía atos infracionais análogos aos
crimes de homicídio, tráfico de drogas e roubo.
Outros dois adolescentes que seriam parentes do jovem
morto também foram remanejados do centro por questões de segurança, conforme o
juiz Manuel Clístenes.
Entenda o caso
José Hilker Assunção de Sousa morreu 14 dias após ter
95% do corpo queimado durante um assalto em Caucaia. Um dos adolescentes
suspeito do crime foi morto em um centro socioeducativo de Fortaleza. — Foto:
Arquivo Pessoal
José Hilker Assunção de Sousa morreu 14 dias após ter
95% do corpo queimado durante um assalto em Caucaia. Um dos adolescentes
suspeito do crime foi morto em um centro socioeducativo de Fortaleza. — Foto:
Arquivo Pessoal
O crime que vitimou o motorista de aplicativo ocorreu
em novembro de 2020. Hilker foi roubado, agredido e teve o corpo queimado após
realizar uma corrida no município de Caucaia, na Região Metropolitana de
Fortaleza.
Ele foi socorrido para o Instituto Doutor José Frota
(IJF), onde morreu 14 dias depois do ataque. Ele deixou a mulher e um filho.
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