Veja como prevenir a doença e que tratamento as autoridades de saúde têm recomendado
Escrito por Theyse Viana, theyse.viana@svm.com.br 19:30 -
22 de Agosto de 2022. Atualizado às 19:39
CEARÁ
monkeypox sintomas
Legenda: Lesões na pele e febre são sintomas mais
frequentes no Ceará
Foto: Shutterstock
Imagens das típicas lesões na pele causadas pela
monkeypox começam a circular nas redes sociais, com a maior disseminação da
doença. Entre os cearenses, este é o principal sintoma relatado até agora.
Dos 429 casos notificados à Secretaria Estadual da Saúde
(Sesa), até essa segunda-feira (22), pelo menos 366 apresentaram as chamadas
“erupções cutâneas”, feridas na pele similares às da catapora.
Entre os 29 pacientes que testaram positivo para
monkeypox, 28 possuem as lesões. Ainda conforme os dados da Sesa, atualizados
na plataforma Integra SUS, 8 a cada 10 casos considerados suspeitos apresentam
a manifestação cutânea.
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CEARÁ
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A febre é o segundo sintoma mais frequente entre os casos
suspeitos e os confirmados no Estado. Já a adenomegalia (inchaço no pescoço ou,
popularmente, “ínguas”) apareceu em 13 dos 29 cearenses diagnosticados com a
doença.
Em boletim, a Sesa que os casos detectados mais
recentemente “apresentaram uma preponderância de lesões nas áreas genital e
anal e acometimento de mucosas oral, retal e uretral”.
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Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas,
conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria,
geralmente sem complicações.
No entanto, é possível a ocorrência de casos graves e
óbitos. A evolução para a forma grave pode estar relacionada a fatores como
forma de transmissão, suscetibilidade do indivíduo e quantidade de vírus
inoculado no momento da transmissão.
SECRETARIA DA SAÚDE DO CEARÁ
Em boletim epidemiológico
COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DA MONKEYPOX?
Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal
com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou
objetos recentemente contaminados. Para evitar a estigmatização contra os
primatas, que não têm relação com a incidência atual da doença, a OMS orienta
que o termo "varíola dos macacos" não seja utilizado.
“Quando a crosta desaparece e há reepitelização, a pessoa
deixa de infectar outras e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas
desaparecem em poucas semanas”, aponta a Sesa.
De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma
doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa
a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o
vírus tem potencial epidêmico.
COMO PREVENIR A MONKEYPOX?
O médico infectologista Roberto da Justa destaca que a
monkeypox não é uma doença nova, “já havia sido descrita nos anos 1960”, mas
que a nova emergência apresenta maior transmissibilidade entre seres humanos.
É muito importante fortalecer o sistema de vigilância
epidemiológica, pra identificação de novos casos e implementação das medidas de
isolamento e contenção, assim como o monitoramento de contactantes de casos
confirmados.
ROBERTO DA JUSTA
Médico infectologista
Em coletiva à imprensa em junho, Sarah Mendes, secretária
executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, alertou que a doença também é
transmitida por vias respiratórias, mas “prioritariamente por contato com as
lesões”.
Dessa forma, “a recomendação é evitar contato com a
pessoa que esteja confirmada ou suspeita. E as mesmas medidas preventivas para
as outras doenças: uso de álcool em gel, higiene das mãos, distanciamento e, se
estiver doente, ficar em casa".
As principais medidas de prevenção são:
Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou
álcool;
Usar máscaras de proteção.
As medidas também valem para roupas, roupas de cama,
talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou
confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.
O QUE FAZER SE TIVER SINTOMAS DA MONKEYPOX?
As autoridades de saúde recomendam que o paciente que
apresentar sintomas da infecção pelo MPXV procure uma unidade de saúde, para
atendimento médico. E não entre em contato com outras pessoas.
QUAL É O TRATAMENTO DA MONKEYPOX?
Até o momento, não há medicamento aprovado
especificamente para monkeypox, embora alguns antivirais tenham demonstrado
alguma atividade contra o MPXV.
O tratamento dos casos tem se baseado, conforme boletim
da Sesa, “no manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e
manutenção do balanço hidroeletrolítico”.
A maioria dos pacientes, observam as autoridades de
saúde, apresenta sintomas leves e moderados. “Na presença de infecções
bacterianas secundárias às lesões de pele, deve-se considerar
antibioticoterapia”, acrescenta a Sesa.
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