O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não
confia nos militares para cuidar de sua própria segurança e, por isso, vai
criar um novo órgão para assumir essa atribuição. Com isso, ele desabilita as
demandas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que sofrerá
reformulação.
O novo órgão estará atrelado ao Palácio do Planalto e,
ao que tudo indica, será gerido pelo delegado da Polícia Federal (PF)
Alexsander Castro Oliveira, que cuidou da segurança do petista durante a
campanha eleitoral. Outro envolvido na segurança de Lula durante a corrida pela
eleição, o delegado da PF Andrei Passos Rodrigues, será o próximo diretor-geral
da corporação.
O que faz Lula ver com desconfiança os militares do GSI
é que ele acredita que há um aparelhamento de Bolsonaro e grande influência do
atual presidente nesse órgão.
Rui Costa, futuro ministro da Casa Civil, já havia
adiantado há poucos dias que o GSI sofreria uma reestruturação, na qual
perderia a atribuição de cuidar da segurança do próximo presidente.
– Nós teremos uma estrutura provisória que continuará
dando segurança ao presidente até a reestruturação definitiva, que ele definirá
qual é mais na frente. Já tem o nome decidido para o GSI. Terá uma estrutura de
transição, a estrutura definitiva ele ainda vai definir – disse Costa.
Petistas não se sentem confortáveis com os militares.
Prova disso é que Dilma Rousseff também extinguiu o GSI durante o tempo em que
esteve à frente da presidência da República. Michel Temer, ao assumir, recriou
o gabinete.
Outra modificação que deve ocorrer é com a Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), que cumpre papel muito importante e deve ser
reorganizada de acordo com o entendimento do próximo governo.
(Pleno News)
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