O juazeiro, uma árvore nativa da caatinga, pode viver até 100 anos
O juazeiro é considerado uma árvore muito respeitada do Brasil, uma
vez que seus usos são inúmeros. Seus galhos jovens e folhas são usados para
forragem animal, pois contêm alta proteína. Isso ocorre especialmente durante
os períodos de seca severa, quando não existem muitas opções disponíveis.
A fruta do juazeiro é comestível, podendo ser transformada muitas
vezes em vinho. Suas folhas e casca são comumente usadas de forma medicinal. Já
a madeira é bastante durável, utilizada para a fabricação de implementos
agrícolas, móveis, artes em esculturas e carvão.
O que é juazeiro?
Juazeiro é um tipo de árvore nativa da área seca das caatingas,
comumente encontrada no Nordeste brasileiro. Ele cresce de 5 metros até 10 de
altura, tenho o tronco com aproximadamente 30 até 50 cm de diâmetro.
Ele produz algumas folhas cerosas, flores amarelas pequenas, assim
como seus frutos comestíveis e redondos (com mais ou menos 3 a 4 cm). Estes,
muitas vezes, servem de alimento para pássaros, especialmente os papagaios.
O juazeiro é muito resistente à seca sazonal do Nordeste. Seu
crescimento é lento, mas tem uma longa vida. Algumas amostras possuem
aproximadamente 100 anos, algo muito admirável.
Esta árvore também pode ser encontrada na caatinga da Bolívia,
Argentina e Paraguai. Já na América do Sul, o Zizyphus é um dos gêneros mais
conhecidos. Em se tratando da América do Norte, também tem a mesma
classificação.
Este gênero tem aproximadamente 100 espécies da árvore e do arbusto
com folhas sempre-verdes ou caducas. Estas espécies são distribuídas nas
regiões subtropicais e tropicais do mundo.
Curiosamente, não importa onde estão e onde se encontram. A grande
maioria dos Zizyphus pode ser vista em todos os continentes. Além
disso, usa-se no sistema da medicina tradicional nos lugares que crescem.
Em geral, o gênero é reconhecido com ações potenciais
farmacológicas por muitos cientistas mundiais.
Como é o juá?
A fruta juá é amarela, globosa, comestível, de pedúnculo orlado,
lembrando a pitomba. Entretanto, é um pouco menor, branca por dentro,
adocicada, contendo apenas uma semente bem dura que pode se partir em duas.
Ela fica conservada durante a seca em sua forma verde. Assim,
cresce bem lentamente, vivendo até mais que 100 anos.
Há aproximadamente 100 espécies, aparecendo nas regiões tropicais
de todo o mundo. Como dito anteriormente, estas espécies são utilizadas dentro
da medicina popular em todos os continentes onde cresce.
Benefícios do juá
A medicina herbal no Brasil utiliza as cascas do juazeiro em
decocção. Estas podem ser utilizadas para diversos fins. Alguns deles estão
listados a seguir:
Problemas hepáticos;
Enxaquecas;
Tosse seca;
Infecções respiratórias;
Bronquite;
Dores de garganta;
Distúrbio urogenital;
Como tônico cardíaco.
A decocção das cascas também é conhecida e usada nas áreas rurais
do nosso país para as febres decorrentes de vários males.
As cascas internas são transformadas em pasta, também preparadas na
forma de infusão padrão. Com isso, se trata placas dentárias e cáries.
A infusão da casca ou sua maceração podem ser utilizadas como
tônico para os cabelos, tratando e prevenindo a seborreia e a caspa. Também é
possível preparar a casca como tintura, usada externamente em úlceras, bem como
outras questões cutâneas.
As folhas podem ser preparadas como infusão, empregadas no auxílio
digestivo de várias queixas que incluem:
Indigestão;
Dispepsia;
Úlceras gástricas.
A fruta possui propriedades antibacterianas, sendo usada nas
medicinas populares para amenizar manchas da pele, furúnculos e urticárias.
O fruto ainda verde pode ser cortado ao meio, bem cozido, assim
como aplicado em todas as partes do corpo como compressa.
O cultivo do pé de juá
O pé de juá tem o crescimento rápido, resistindo a temperaturas
baixas de até 4 graus negativos. Assim, é capaz de vegetar bem em todas as
altitudes.
O solo deve ser úmido, profundo, com o pH ácido, tendo a
constituição argilosa ou arenosa, até mesmo pedregoso. Esta árvore é
considerada pioneira, mas também ótima para se usar nos reflorestamentos.
As sementes têm o formato arredondado, com coloração creme e cascas
duras. A conservação do poder germinativo pode durar até aproximadamente 1 ano.
As árvores de juá germinam de 45 até 80 dias, caso sejam plantadas
nos substratos arenosos, ricos em muita matéria orgânica. Suas mudas têm o
crescimento rápido no sol, mas também na sombra, A frutificação ocorre de 2 até
4 anos depois do plantio.
Como dito acima, pode ter sua plantação feita em pleno sol, em
locais como bosques para reflorestamento de preservações permanentes.
Entretanto, deve-se fazer o espaçamento de 8 x 8 m para que se obtenha os
melhores resultados.
Dessa forma, deve-se adicionar uma cova com 25% da areia, 1 kg de
cinza e 8 litros de alguma matéria orgânica. A irrigação é feita de 15 em 15
dias até 3 meses. Após esse período, a rega deve ser feita somente caso falte
água nas épocas das floradas.
O juá espinho
O juá espinho (Solanum aculeatissimum) é um tipo de planta advinda
da Mata Atlântica. Pode ser encontrada na maior parte da América do Sul. Ainda
está presente na maioria das regiões brasileiras, sendo bastante popular no
interior do país.
Esta planta tem vários nomes popularmente divulgados, por exemplo:
Joá;
Melancia da praia;
Joazeiro;
Juazeiro;
Juá mirim;
Raspa de juá;
Juá fruta;
Mata cavalo;
Arrebenta cavalo;
Laranjeira do vaqueiro.
O arbusto do juá espinho é bem pequeno. Sua vantagem é que exige
bem pouco em se relacionando com questões de solo e resiste bastante à falta
d’água. Esta é uma planta onde se pode encontrar diversos espinhos por toda sua
estrutura.
Quando floresce, mostra flores roxas ou brancas, com frutos
parecidos com melancias bem pequeninas. Eles têm o formato arredondado, não
possuem polpa, e têm cor vermelho-alaranjado, atingindo o diâmetro de 5 cm.
O juá espinho se adapta bem a todos os tipos de solo. Contudo, é comumente
encontrado nos locais secos, arenosos, com pouco e muitos nutrientes.
O juá espinho é encontrado nas beiras das estradas, nas pastagens,
no meio das diversas lavouras e nos quintais de casas nas roças.
É bastante temido por ser tido como uma planta tóxica, pois as
sementes se mostram com alguma toxicidade. Por isso os animais não podem
ingerir o fruto do juazeiro, especialmente os equinos.
Mayk Alves
Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de
Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014,
uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como
missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e
sem filtros.
Fonte: Agro 2.0 em <a href="https://agro20.com.br/juazeiro/">Juazeiro
é uma árvore típica da região semiárida brasileira</a>
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