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quarta-feira, março 08, 2023

Ceará tem o quinto maior índice de assassinato de mulheres do país


O estado fica atrás apenas de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Mato Grosso.

Por Isayane Sampaio, g1 CE

Ceará tem o quinto maior índice de assassinato de mulheres do país — Foto: Melanie Wasser/Unsplash

O Ceará tem o quinto maior índice de assassinatos de mulheres no país, com uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 5,5. O estado fica atrás apenas de Mato Grosso do Sul (8,3), Rondônia (7,6), Roraima (6,8) e Mato Grosso (5,8). Os números correspondem ao ano de 2022, segundo o Monitor da Violência, levantamento do g1.

Além disso, pelo menos três mulheres por semana foram vítimas das mais variadas formas de violência no Ceará no ano passado, conforme estudo da Rede de Observatórios da Segurança, lançado na segunda-feira (6).

Em muitos casos as vítimas de agressões não denunciam os crimes à polícia, e o número real de casos de violência de gênero são bem maiores, aponta o estudo.

No Ceará, a maior parte das agressões foi cometida pelo cônjuge ou ex. Pelo menos seis ocorrências de feminicídios, no ano passado, foram motivadas por término de relacionamento. O estudo também aponta que pelo menos 31 mulheres foram vítimas de violência sexual no mesmo período.

Além disso, 28 foram vítimas de feminicídio, 27 vítimas de homicídio, 15 de tortura/cárcere privado/sequestro; 12 de agressão verbal/ameaça e 10 de transfeminicídio.

 

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A maior parte dos registros tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento.

 

“Para além da responsabilidade individual, precisamos refletir sobre a responsabilidade do estado em tolerar que tantos feminicídios aconteçam. Já foram assinados tratados e já avançamos em algumas direções, mas ainda se permite a impunidade. E isso se dá ao não saber como esse crime acontece, não se fazer o devido registro, não qualificar juridicamente da maneira correta”, explica Edna Jatobá, coordenadora do observatório da segurança de Pernambuco.

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