Com o decreto que regulamenta todos os benefícios publicados no Diário Oficial da União (DOU), o novo Bolsa Família atinge, em junho, toda a potencialidade e dois patamares inéditos: pela primeira vez, o valor médio do benefício supera a casa dos 700 reais e chega a R$ 705,40. Os repasses do Governo Federal também são os maiores já realizados. O valor chega a quase R$ 15 bilhões. Os pagamentos começaram na segunda-feira, 19, para beneficiários com final 1 no Número de Identificação Social (NIS), e seguem até o dia 30 deste mês. Durante este mês, cerca de 1,49 milhão de famílias recebem o benefício.
O total de famílias manteve-se no patamar de maio, que é de 21,2 milhões. O número total de pessoas contempladas supera 54 milhões. O aumento no valor médio (que em maio foi de R$ 672,45, até então o recorde) e no total de repasses (no mês passado, R$ 14,1 bilhões) se deve à estreia de uma nova categoria do programa. O Benefício Variável Familiar assegura um adicional de 50 reais a dependentes de 7 a 18 anos e a gestantes integrantes da composição familiar. Em junho, são 15,7 milhões de contemplados, a partir de um repasse de R$ 766 milhões. Nesse universo estão 943 mil gestantes (R$ 46 milhões) e 14,8 milhões crianças e adolescentes (R$ 720 milhões). Esses acréscimos garantem que 9,8 milhões de famílias beneficiárias do programa recebam mais recursos neste mês que em maio.
Por conceito, o Bolsa Família garante o mínimo de 600
reais mensais a cada beneficiário. Desde março, o programa paga também o
Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança
de zero a seis anos na composição familiar. São 9,12 milhões de crianças nessa
faixa etária em junho, que demandam um investimento de R$ 1,3 bilhão.
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